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5 tendências de mídia programática para 2020

Por: Bruno Oliveira

CEO do Ecommerce na Prática

Bruno de Oliveira é fundador e CEO do Ecommerce na Prática, a maior escola online de e-commerce do país, e Vice-Presidente de Educação da Nuvemshop. Autor do best-seller "Crie Seu Mercado no Mundo Digital" com mais de 20 anos de experiência em varejo e comércio digital, o método de criação de e-commerce do zero desenvolvido pelo Bruno já permitiu que mais de 130 mil pessoas comuns começassem a viver de ecommerce.

A mídia programática é de longe o componente mais crucial da tecnologia da publicidade – que mantém os profissionais da área atentos pelo que virá a seguir.

A programática será o método de negociação de mídia padrão nos próximos anos: de acordo com o relatório ‘Programmatic Marketing Forecasts’ da Zenith, os gastos com anúncios programáticos atingirão US$ 98 bilhões, representando 68% do gasto global com anúncios em mídia digital até 2020 e especialistas como a Adobe preveem que teremos um crescimento exponencial do mercado de tecnologia aplicada à propaganda até 2023.

A introdução de tecnologias como inteligência artificial (IA), machine learning e 5G tornará a publicidade programática mais eficiente, enquanto a entrada de novos canais de publicidade como Digital Out Of Home (DOOH), publicidade programática por podcast e áudio, anúncios ativados por voz e dispositivos inteligentes não apenas oferecem aos profissionais de marketing mais opções, mas também fornecem uma experiência mais atraente e personalizada para os consumidores. Está muito além dos anúncios de TV de antigamente que segmentavam clientes com base apenas na demografia!

Pensando nisso, separei as principais apostas para a mídia programática em 2020 que abrirão o caminho para o planejamento de anúncios digitais da nova era.

Dados serão o maior ativo das empresas

Com as leis de proteção de dados tomando forma na Europa (GDPR), e no Brasil (LGPD), é cada vez mais importante ter uma gestão profissional dos dados da empresa.

Se adequar às leis é o primeiro passo. Mas a grande oportunidade está em organizar os dados em um bom first-party data para usar nas campanhas. Quem tiver a melhor organização de dados vai sair na frente na compra de mídia. Empresas experientes estão oferecendo uma tag e toda a expertise para que os clientes criem um hub de dados próprios para suas campanhas.

Temos tantos dados que vamos precisar da ajuda de robôs

Em um único dia são gerados 2,5 quintilhões de bytes de dados. É como se cada pessoa no mundo tivesse 1 bilhão de dados por dia gerados apenas para ela. Muita coisa, não? Ou seja, já é impossível para um humano processar com qualidade todos esses dados.

É por isso que acreditamos que a inteligência artificial (IA), e aprendizado de máquina (machine learning), são tendências fortes de uma revolução na mídia programática.

Mobile é diferente de app

O mobile ganhou importância nos últimos anos e já é hoje, em muitos cenários, maior que o desktop. No Facebook, por exemplo, cerca de 96% do tráfego acontece em dispositivos móveis. Esse mesmo efeito aconteceu na mídia programática. No entanto, como temos um inventário muito mais amplo nessa mídia, houve um crescimento exponencial não só do inventário mobile como também de anúncios dentro de aplicativos. Por ser um inventário enorme, aposto na tendência de se pensar campanhas com foco em desktop, mobile e apps separadamente.

Mídia programática faz parte de todo o funil de conversão

A mídia programática está crescendo em alta velocidade e se firmando como uma das melhores maneiras de se comprar mídia digital. No Brasil, o share de mídia programática mais do que dobrou ultimamente. Existem estimativas de que a programática atinja 68% da compra global de mídia online em 2020. Esses fatores, somados a variedade de formatos como display, áudio, vídeo, TV e OOH trazem um novo olhar para a programática: um canal perfeito para awareness, consideração e conversão. Ou seja, teremos programática em todas as fases do funil.

Um anúncio na rua nunca mais será o mesmo

Chamamos de Out of Home (OOH), toda mídia externa como pontos de ônibus, relógio de rua, outdoors, elevadores, anúncios no metrô. Cada vez mais temos esse tipo de mídia rodando em formatos digitais ao invés do papel, com filmes e animações via uma veiculação digital – o que chamamos de Digital Out Of Home (DOOH).

O cruzamento de uma mídia digital como a programática com o OOH permite a criação de anúncios poderosos que influenciam o comportamento de compra offline – uma solução ideal para quem trabalha com produtos de consumo.

Lembro de uma vez que estava caminhando em Nova York e subitamente todo anúncio de rua que eu me aproximava se tornava uma propaganda do MailChimp (ferramente de CRM).

Talvez, para boa parte de quem passava na rua aquele anúncio poderia não significar muita coisa. Mas para mim, que havia navegado recentemente em busca de soluções de CRM para pequenas empresas, fazia muito sentido. Ao cruzar meus dados de navegação do celular com minha localização em tempo real aquele anunciante criou uma experiência que me surpreendeu e que nunca vou esquecer. O DOOH com mídia programática permite isso e muito mais. O exemplo acima é só a ponta do iceberg.

E essas são algumas das apostas que temos para o ano que está por vir que, assim como 2019, será um grande ano para a mídia programática.