Para quem não conhece, o Pinterest é uma rede social baseada na seleção de imagens e vídeos do usuário, através dos chamados “pins” e da organização em painéis (boards). Assim, o perfil do usuário é preenchido com o conteúdo selecionado por ele diretamente dos sites (através de plug-ins instalados nos navegadores) ou por upload do seu próprio material. Além disso, o usuário também pode “repinar” conteúdo de outros usuários, dar “Like” ou comentar em outros pins e também seguir e acompanhar os perfis que desejar.
Exemplo de perfil pessoal no Pinterest
De acordo com a própria rede, são mais de 20 milhões de usuários cadastrados até o fim de abril, sendo que 57% são mulheres, a maioria na faixa dos 25 a 34 anos. Além disso, o volume de visitas e usuários brasileiros na rede não para de crescer desde fevereiro de 2012.
Entretanto, os dados mais interessantes estão relacionados à decisão de compra: em umapesquisa da Price Gabber com 4.851 usuários, 21% afirmaram que compraram produtos que conheceram no Pinterest. Uma outra pesquisa da Harvard Business Review também aponta efeitos da rede no off-line: 16% dos entrevistados afirmaram que compraram produtos em varejistas físicos após conhecê-los via Pinterest.
Ou seja, essa rede apresenta potencial para gerar consideração na decisão de compra. Imagina esse cenário: uma pessoa está procurando inspirações para redecorar sua casa. Em suas pesquisas por sites especializados, ela começa a guardar todas as referências bacanas no seu perfil no Pinterest, ou seja, é fácil perceber que todos os produtos em seus pins podem ser considerados intenções de compra. Agora imagine que uma loja, ao perceber que essa pessoa deu um pin em um de seus produtos, faça uma promoção direcionada para esse perfil contendo o produto pinado. Além da pessoa ser surpreendida, também é bem provável que a sua intenção de compra se transforme numa aquisição efetiva, gerando lucro para a loja.
Esse é um dos usos do Pinterest para a atuação das marcas. Juntamente com um monitoramento do brand channel, essa rede pode ser um bom canal para entender quais produtos o público tem maior interesse e, assim, planejar estratégias de vendas ou promoção para transformar essas considerações em compra efetiva.
Outro possível uso seria para branding. O Pinterest é propício para criar painéis que tornem a comunicação da marca mais pessoal, mais próxima do público e que estimulem o relacionamento. Algumas marcas, como a Coca-Cola, tem utilizado a rede para postar imagens que vão ao encontro do seu posicionamento, proporcionando um conteúdo que transmite os valores da marca.
Não se sabe se o Pinterest será uma rede social do momento ou que irá se manter por um bom tempo, mas, independente do meio, sempre se deve pensar em como o canal social pode se encaixar dentro da estratégia de marketing, para que ele tenha objetivos e conteúdos que irão se integrar com outros canais.
*Artigo publicado originalmente no Blog dp6.