A Black Friday já está no radar e os consumidores podem esperar que grandes promoções venham ao seu encontro. Por outro lado, varejistas devem começar a focar em qual a melhor tática para o grande evento do ano, que rendeu o faturamento de R$ 13,09 bilhões aos e-commerces brasileiros em 2020.
E nada como um parâmetro completo com dados dos últimos anos para alinhar as expectativas e colocar os planos em prática. Vale destacar que 2020 trouxe um grande volume de pedidos de “Eletrônicos e Informática” e “Moda e Acessórios”, praticamente triplicando-se comparado ao ano anterior, sendo os homens os maiores responsáveis pelo volume no tráfego do varejo online.
Quanto às visitas, percebo que uma estratégia em relação a semana da Black Friday traz bastante visibilidade e atenção do público. Afinal, as visitas começaram na segunda-feira e aumentaram gradativamente até o grande dia, podendo até se estender ao sábado e domingo — como foi no caso dos “Alimentos”. Teríamos aqui uma extensão ao Cyber Monday? Fica a dica.
O que os consumidores querem saber?
Cadastros têm grande impacto na meta dos varejistas e podemos entender a importância disso. Portanto, colocar em seu planejamento uma estratégia conectada às preferências do consumidor faz toda a diferença para as vendas em qualquer etapa do ano.
Dessa forma, é possível personalizar todo tipo de campanhas de acordo com os dados do cliente, criando um fluxo que faça sentido entre o seu negócio e produtos e o que o cliente quer dele. E isso é bom para ambos.
Não à toa que eletrônicos e informática se destacaram nas vendas durante o evento no ano passado, já que a relação dos cadastros foi de 256%. Isso retrata que os consumidores estão extremamente atentos a esse tipo de produto e concluindo os sign ups, provavelmente a fim de receber as novidades. E aí, será que teremos um recorde esse ano?
Relacionamento e resultados – um combo
Criar campanhas pré-evento para preparar o cliente é uma estratégia bastante comum. Entretanto, cuidar do relacionamento com ele durante e depois das datas sazonais são práticas obrigatórias — ou deveriam ser.
Além de demonstrar uma qualidade no serviço, fideliza o cliente e aumenta a taxa de recompra. Para a Black Friday do ano passado, 9,8% dos consumidores mantiveram sua preferência em lojas que compraram no ano anterior. Lembro que esse número pode aumentar se vermos resultados de ações que foquem diretamente no consumidor.
Falando nisso, os clientes estão cada vez mais exigentes e demonstram uma preferência por suporte mais imediato. À época, o WhatsApp se destacou como maior canal de atendimento, o que também se concretizou no relatório de Dia dos Namorados de 2021. Neste relatório, o destaque ficou para o aumento expressivo do uso dessa rede social na data, ocupando inclusive o lugar de e-mail e chat. Alerta de tendência? Eu chamaria de oportunidade.
Afinal, Black Friday compensa?
Quem já trabalhou no varejo sabe: essa data é uma correria e precisa ser pensada e planejada muitos meses antes. Há quem diga até que se prepara de um ano para o outro, assim que a data acaba. Mas, voltando à pergunta do título, só você pode responder perante sua loja, suas estratégias e resultados.
Porém, os Big Numbers (ou melhor, os big data da pesquisa) falam por si só. O faturamento de 2020 foi 47% maior que o de 2019. Portanto, mesmo sendo um ano complicado em diversos âmbitos, foram R$ 5,76 bilhões equivalentes a sexta, sábado e o domingo que rondam o evento.
Aproveite esses três grandes dias para ir de encontro às expectativas de seus clientes, pois são eles os responsáveis pelos resultados. Mas não se esqueça de que, assim como mostram as pesquisas, a Black Friday vai muito além da sexta-feira ou do final de semana.
Nada que um estudo sobre o comportamento do consumidor durante o evento dos anos anteriores — e uma boa campanha estratégica pensada com antecedência — não traga foco, muita força e seus resultados.
Boa sorte e que a sua Black Friday não só compense, como supere todas as suas expectativas.