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Cultura de e-commerce para empresas que vendem online

Por: Jessica Fragoso

Líder de marketing e parcerias na web.art group com uma década de experiência na área de comunicação é publicitária, pós-graduada em Marketing Digital e já passou por grandes empresas como Mazer Distribuidora, Dufrio e BRSupply. Especialista em construção e desenvolvimento de marca com foco em e-commerce e liderança e desenvolvimento de times de marketing.

Sabe aquela história, “o óbvio precisa ser dito”? Chega a ser estranho falar que, para um e-commerce funcionar bem, a empresa precisa respirar cultura de e-commerce, mas a grande realidade é que se olharmos para o mercado não é bem assim que funciona na prática.

Se olharmos para uma ótica de empresas omnichannel, por exemplo, conseguimos observar que muitas vezes o e-commerce é um setor que é incorporado a todo o restante do ecossistema da empresa. O que está correto, pois estamos falando de omnichannel.

Mas adianta pensarmos nas conexões e todas as estratégias de interligação de canais? É preciso também pensar na solidificação da importância do canal digital na empresa e numa cultura inclusiva, que tenha haver com tecnologia e com a rotina acelerada de um e-commerce.

Falar de cultura é um pouco complicado. Enquanto algumas empresas acham que é apenas criar um quadro com “missão, visão e valores” e colocar na parede, outras acham que é fazer o mínimo pelo colaborador. Ainda existem aquelas que empurram o assunto para debaixo do tapete. Afinal, o importante é “trabalhar e entregar a meta”.

Cultura é rentável

Cultura é base e solidificação, já que para construir algo duradouro é necessário ter uma base forte. Da mesma forma, uma empresa não se sustenta com uma cultura mediana e errada, sem pensar nas pessoas e em suas funções. E o melhor, cultura é rentável!

Atualmente se fala cada vez mais em saúde mental e bem-estar. Por isso mesmo, empresas que não oferecem isso para seus colaboradores têm uma rotatividade alta e, consequente, maiores custos com desligamentos, contratações e problemas de processos.

Por isso há diferenças num lugar em que a valorização acontece, onde há ações pensadas para o dia a dia do colaborador, com propósito nas atividades, uma gestão forte e transparência. Ou seja, o engajamento e sangue nos olhos é consequência, resultando em maior produtividade.

Mas, o que isso tem a ver especificamente com e-commerce? Bom, no começo falei sobre o erro de englobar, muitas vezes, o setor dentro de uma caixinha cultural que faz mais sentido para empresas tradicionais, por exemplo. Se a empresa decidir implementar um canal digital, sem ter a tecnologia e a digitalização em seu DNA, ninguém verá o real valor do trabalho que é feito ali.

Quem do mercado online já ouviu frases como:

  • “O vendedor da loja física não gosta de mim porque eu trabalho no e-commerce”;
  • “No e-commerce a gente pode tal coisa e nos outros setores não”;
  • “A competitividade comercial interna é um dos maiores problemas para o meu dia a dia no e-commerce”.

Tudo isso pode ser evitado com uma cultura forte, pensando nas necessidades de cada canal.

Mas, na prática, como eu posso tangibilizar e iniciar esse processo dentro do negócio? Veja essas dicas que preparei:

Desenvolvimento constante

Sabemos que não dá pra parar, principalmente quando falamos de tecnologia. O que hoje é novidade, amanhã já cai em desuso. Criar um programa de desenvolvimento constante, que incentiva o colaborador a estar sempre atualizado e fazer com que seja algo constante para toda a empresa, é um investimento que se faz no negócio. Os resultados aparecem no dia a dia das demandas.

Transparência

Nada pior que estar num lugar cheio de segredos e sem noção do caminho que se vai tomar. Portanto, deixe todos cientes das metas, da representatividade de cada canal, da importância de canal, de participar das ações. Afinal, isso faz com que todo o time esteja na mesma direção: entrega de resultados!

Gestão forte

Cultura forte não se faz sozinha. É preciso partir de cima, ser cobrada e alinhada pela gestão. Crescer dói, mudar também. E só dá certo quando aplicada corretamente e através do exemplo. Líder cobra cultura como o KPI de venda e líder também exerce ela.

Comunicação

Falar a mesma língua e ser claro é outra obviedade necessária. Uma boa comunicação entre áreas, processos claros e integração entre time, faz com seja mais fácil uma cultura se solidificar.

Reconhecimento

Ter a cultura do agradecimento, do elogio, e comemorar as pequenas coisas, incentivando resultados positivos. As pessoas são movidas a isso.

Com esses 5 pilares os resultados podem ser muito eficazes. Colaboradores integrados, desenvolvidos, atualizados, entendendo seu papel e seu caminho. E, com isso, mais produtivos, com mais conhecimento de mercado e mais expertise. E o melhor: são pilares fáceis de se aplicar. Pois, independente dos setores que sua empresa possui, todos estarão integrados.

A recompensa da gestão é ter pessoas que respiram o propósito da sua empresa, além de um ambiente de trabalho que gera bem-estar e felicidade. Todo este retorno fará diferença na ponta, em cada ação realizada.