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De compra única a relacionamento contínuo

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Por: Luan Gabellini

Sócio-diretor da Betalabs. Formado em Administração de Empresas pela FGV-EAESP. Trabalhou no mercado financeiro no início da carreira antes de se dedicar integralmente a Betalabs. Forbes 30 under 30 2015. Fala sobre e-commerce, transformação digital, empreendedorismo, gestão de recorrência. Professor do Curso E-commerce reinventando modelo de negócio da ESPM. Palestrante do Curso de Empreendedorismo e Jurado das feiras de inovação da EAESP - FGV.

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Nos últimos anos, um novo modelo de consumo tem ganhado força, a economia da recorrência. Não se trata apenas de uma tendência passageira, mas de uma mudança significativa na forma como consumimos. De serviços digitais a produtos físicos, empresas que adotam o modelo de assinatura oferecem aos consumidores uma experiência contínua, personalizada e acessível. E, ao mesmo tempo, garantem um fluxo financeiro mais estável, com maior retenção de clientes e a construção de um relacionamento mais próximo com seu público.

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Saiba como a economia da recorrência está transformando o consumo, impulsionando empresas e fidelizando clientes com o modelo de assinaturas.

De acordo com um relatório da Lineup, divulgado pelo site What’s New In Publishing, o mercado global de assinaturas deve ultrapassar R$ 5 trilhões até 2025. Esse dado reflete o crescente sucesso desse modelo e a transformação que está provocando em diversos setores. Para as empresas, a assinatura se traduz em previsibilidade financeira, enquanto para os consumidores, em conveniência e acesso contínuo a produtos e serviços.

Impacto na retenção e no relacionamento com clientes

Essa mudança no comportamento de consumo também está visível nos números. Uma pesquisa da Stripe mostra que empresas que adotam o modelo de assinatura apresentam uma taxa de retenção de clientes até 30% maior em comparação com negócios tradicionais de venda única. Isso ocorre porque a experiência recorrente e personalizada cria um vínculo mais forte e duradouro entre marca e consumidor, algo difícil de alcançar em transações pontuais.

Esse novo padrão de consumo não se limita mais aos serviços de streaming ou softwares. Até setores mais tradicionais, como o automotivo, começam a adotar modelos de assinatura, permitindo ao consumidor acessar um veículo de forma contínua, sem precisar comprá-lo. Esse fenômeno é apenas um exemplo de como as empresas estão se reinventando para atender às novas demandas do mercado e dos consumidores.

O potencial da economia da recorrência no Brasil

No Brasil, o modelo de recorrência ainda tem grande potencial de crescimento. Empresas que se adaptam rapidamente a essa mudança conseguem colher benefícios operacionais e financeiros. A previsibilidade de receita e a fidelização do cliente são apenas algumas das vantagens que o modelo oferece, permitindo que as marcas se ajustem com mais agilidade em um cenário econômico imprevisível.

A economia da recorrência não é mais uma promessa, mas uma realidade crescente que está moldando o futuro do consumo. À medida que o mercado amadurece e os consumidores se acostumam com a ideia de pagar mensalmente por acesso contínuo, é certo que veremos mais empresas adotando esse modelo, fazendo da assinatura o novo padrão para negócios no futuro.

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