Uma das mais recentes pesquisas sobre o e-commerce brasileiro mostra que o setor cresceu 26,9% somente em 2021. O resultado, impulsionado pela pandemia, mostra como muitas empresas correram contra o tempo para mudar o seu modelo de negócios e atender a uma nova necessidade do mercado. Enquanto algumas já ensaiavam uma participação no mundo digital, outras tiveram que correr contra o tempo em busca da própria sobrevivência.
Assim, lojas dos mais diferentes setores, da noite para o dia, direcionaram seus esforços para o atendimento do público através do meio digital. No início, de forma improvisada, utilizaram as redes sociais e os aplicativos de mensagens. Logo a demanda exigiu profissionalismo, e muitas delas optaram pelo conceito da economia de plataformas para atender e expandir.
Você sabe o que é economia de plataforma? Veja como ela pode ajudar a alavancar suas vendas.
Se no início da crise sanitária as vendas online se mostraram como alternativa, agora especialistas apontam para uma nova tendência, cujo crescimento, possivelmente, ainda não atingiu o seu auge. Prova disso é que, apesar do maior controle da situação epidemiológica no país, as vendas digitais continuam em alta, superando, inclusive, as registradas em shopping centers, de acordo com recente pesquisa da Canuma Capital.
Por essa razão, pequenas, médias e grandes empresas, do atacado e do varejo, já olham para o presente e o futuro buscando novas estratégias. Se antes uma expansão passava pela abertura de novas lojas físicas, agora os esforços são concentrados no meio digital. A economia de plataformas, uma maneira de baratear os custos e vender mais, é o conceito que se fortalece neste momento.
Entenda o que é economia de plataforma
Imagine qual era a sua rotina, há 20 anos, quando queria assistir a um filme em casa. Provavelmente, ela passava pela associação de uma videolocadora. Isso exigia sair de casa, ir ao estabelecimento, escolher o filme, pagar por ele, assistir em casa e depois devolvê-lo dentro do prazo predeterminado. Quando o título escolhido não estava disponível, ainda era necessário ir a uma segunda videolocadora, ou colocar o nome em uma lista de espera em busca da oportunidade.
O conceito do streaming mudou isso. Afinal, os filmes chegam à sua casa com alguns cliques na televisão, smartphone ou computador. O que empresas como Netflix, Globoplay e Amazon fizeram foi criar uma plataforma própria para reduzir a burocracia e facilitar a experiência do usuário. E mais: de forma a concentrar ainda mais os ganhos – e reduzir os custos -, criam as próprias produções para atender à necessidade do consumidor.
Esse é um exemplo de economia de plataformas, embora haja outros, nos mais diferentes segmentos. Uma delas é a ideia de delivery de comida, como o iFood. Nele, o usuário pode, em um único ambiente, escolher itens do cardápio dos mais diferentes restaurantes e ainda pagar por isso de forma online e segura. Se é bom para quem compra, melhor ainda para quem vende, já que a economia de plataforma agregou pequenos e médios estabelecimentos em um ambiente desenvolvido para todos os participantes.
Economia de plataforma no e-commerce
As lojas que vendem online se beneficiam da economia de plataformas de diversas maneiras. Seja através de um marketplace, ou de uma loja própria, é possível reduzir custos operacionais para se manter competitivo dentro do mercado no qual está inserido.
Ou seja, se até pouco tempo era preciso investir em tecnologia da informação para escalar e vender online, atualmente basta escolher uma boa plataforma, que atenda a todas as necessidades.
Por essa razão, muitos especialistas falam que a economia de plataforma democratizou as vendas na Internet. Hoje, uma loja de artigos para o lar, por exemplo, não precisa mais desenvolver o próprio site e softwares para cuidar da logística, do estoque e das finanças. É possível estabelecer esse elo do offline para o online por meio de uma única plataforma.
Mais controle nos meios de pagamento online
Além de mais segurança e agilidade, a economia de plataformas permite mais controle de todos os processos da operação. Principalmente aqueles relacionados aos meios de pagamento e às estratégias de fidelização dos clientes.
Esse é o caso, por exemplo, de uma loja que vende vinhos pela Internet. Além da comercialização do varejo, a economia de plataforma permite controle de clubes de assinatura e até de renovação automática das vendas – inclusive com distribuição de comissões a representantes, crédito em cashback e pagamento direto a parceiros de logística.
Por isso, é importante que um bom ambiente para e-commerce esteja integrado, via API, a uma plataforma de gestão financeira ampla e inteligente.
Nela, é importante que o proprietário de uma loja online tenha acesso a pelo menos estas ferramentas:
Meios de cobrança
Oferecer ao usuário as mais diferentes formas de pagar pelo produto, evitando assim a desistência antes do ato da compra. No mínimo, é importante receber via cartões de crédito e débito, boleto bancário e Pix. Também é ideal que a plataforma permita compras rápidas, como aquelas conhecidas como “fechar carrinho com um clique”.
Split de pagamento
A API com um módulo de split de pagamento, no conceito da economia de plataforma, deve desburocratizar processos e informatizá-los. Ou seja, é ideal que as soluções digitais façam, automaticamente, a distribuição de pagamentos entre prestadores e comissionados, além de gerir assinaturas e cashback.
Recorrência
É o modelo de cobrança para garantir a fidelização do cliente, com pagamento de renovação automática. A recorrência pode ser executada de diversas maneiras, como vendas de assinaturas (como os já tradicionais clubes de vinhos, cervejas e cosméticos.
O interessante da recorrência é que ela gera a compra automática, sem a anuência mensal do cliente. Como resultado, as taxas de saída são pífias, e o faturamento da empresa se mantém estável.
A recorrência também é ideal em lojas virtuais que vendem produtos que exigem compras constantes. Por exemplo, produtos pets e gêneros alimentícios diversos.
Investir em tecnologia é a palavra-chave
Como estão as estratégias de investimentos para o seu negócio no médio e longo prazo? Isto é, elas passam pela economia de plataforma? Compartilhe conosco a sua experiência!
Leia também: Como fazer o seu e-commerce vender mais em 2022?