Em dezembro, o IBGE divulgou o resultado do PIB referente ao terceiro trimestre de 2023. O crescimento foi de 0,1%, uma porcentagem que surpreendeu um mercado que projetava uma queda, mas também representa uma desaceleração da economia brasileira.
O anúncio apenas consolida uma percepção que já vinha sentindo há alguns meses e ficou ainda mais aparente na Black Friday. Entretanto, dezembro é um período para usar os aprendizados de 2023 para determinar as diretrizes de 2024. Para manter a saúde financeira, algumas empresas podem optar por reduzir ou até mesmo cortar os investimentos para o departamento de marketing, mas essa não é a melhor solução para resistir ao momento de incertezas.
Os cortes na área de marketing podem fragilizar a construção da marca e atrasar a fidelização dos clientes. Além disso, as empresas podem ficar sem a estrutura necessária para implementar todos os componentes de marketing necessários em projetos robustos e estratégicos para os negócios. Um desses componentes permite que as empresas invistam menos, mas que sejam mais assertivas para garantir a conversão.
Mídia de performance como saída estratégica
Em tempos em que “menos é mais”, a mídia de performance é uma saída estratégica. As campanhas em mídias pagas têm características muito interessantes que permitem uma otimização entre a receita e o custo. Por exemplo, ao configurar uma campanha, é possível determinar qual o retorno financeiro esperado para ela. Dessa forma, podemos evitar surpresas nos resultados do negócio e alinhar o uso adequado de dados e inteligência artificial a favor dele.
Assim, a marca só paga um valor proporcional ao que foi conquistado pelo anúncio e consegue ter uma mensuração precisa da campanha e do comportamento dos usuários, insumos que podem ser utilizados em estratégias até mesmo de outras áreas da empresa.
A mídia de performance une aspectos como um bom custo-benefício, vantagem competitiva com base no uso estratégico dos resultados obtidos nas campanhas e, por consequência, mais efetividade do dinheiro investido, o que permite que as empresas invistam em outras frentes de produtos ou até mesmo em outras áreas que ajudem o negócio como um todo a crescer. Além disso, a assertividade e a segmentação que a mídia de performance proporciona é essencial para que as marcas estabeleçam conexões e ofertem seus produtos e serviços para grupos específicos de público que são mais propensos a responder positivamente à campanha.
Eficiência e IA
Em suma, as empresas aumentam a eficiência (palavra do ano para muitas empresas em 2023) enquanto preservam a sua saúde financeira. Acredito que a busca pela eficiência permanecerá no ano que se inicia e caminhará de mãos dadas com as discussões sobre a inteligência artificial.
Sob a ótica da mídia de performance, a IA pode ser uma ferramenta enriquecedora para a estratégia. Inclusive, a tecnologia já era utilizada na área de performance antes do boom que aconteceu com a tecnologia em 2023. Entretanto, a expertise humana ainda continuará a ser um fator determinante para o sucesso das campanhas. Digo isso, pois a estruturação e o refinamento da estratégia são feitos por pessoas, pois a tecnologia ainda não é capaz de otimizar essa etapa essencial para os bons resultados, ou não, da mídia de performance.
As possibilidades e as vantagens da performance de mídia são inúmeras e merecem o devido holofote caso discussões sobre cortes de investimento de marketing aconteçam dentro das empresas. É importante que os profissionais da área eduquem os demais departamentos sobre os insights valiosos, mensuráveis e interdisciplinares que a mídia de performance traz para o negócio. Isso pode ser um diferencial em um momento de desaceleração econômica. Afinal de contas, quando a economia brasileira se consolidar e aquecer, os consumidores vão se lembrar e ser fiel aos produtos e serviços que construíram conexões reais com eles.