Com o crescimento das vendas online, que tiveram um impulso importante com as medidas de distanciamento social, as empresas têm enfrentado novos desafios para atrair a audiência, cada vez mais disputada.
Além do aumento da concorrência, porque cresceu o volume de competidores, é essencial neste momento considerar as mudanças que ocorreram no comportamento do consumidor durante esse período.
Os clientes hoje trafegam entre os ambientes on e offline com muito mais facilidade (sem nem mesmo fazer qualquer tipo de distinção entre eles), e a jornada de compra não é mais linear.
Nesse contexto, é fundamental rever as estratégias empregadas para atrair e reter o público. Reside nesse aspecto a relevância das análises sobre fontes de tráfego.
Entender quais são mais relevantes para o negócio e como elas devem ser utilizadas é uma das formas de se otimizar os recursos e, também, de explorar melhor o potencial de cada canal.
Fontes de tráfego: estratégias mais adequadas
O primeiro aspecto a ser considerado com a consolidação do comportamento omnichannel do consumidor é justamente o fato de que lidamos hoje com um cenário bem mais diversificado em relação à origem do tráfego.
Se temos um cliente que transita por vários canais, necessitamos de estratégias específicas para conseguir captar a sua atenção, independentemente da plataforma ou mesmo do estágio no qual ele se encontra na jornada de compra.
Isso significa que mesmo numa etapa pós-compra, trabalhada, por exemplo, via uma ação de e-mail marketing, é importante ter iniciativas que façam o cliente voltar à loja, ajudando a elevar a movimentação.
Esse ambiente mais fluido exige atenção redobrada com a integração das estratégias. Não faz sentido que as iniciativas sejam adotadas de forma isolada, até porque isso aumenta o risco de a empresa perder excelentes oportunidades de negócios.
O que temos visto no dia a dia de nossos clientes é que os resultados de conversão aumentam quando a operação consegue ter ofertas mais aderentes, apropriadas para cada canal.
E o primeiro passo para desenvolver estratégias bem-sucedidas é justamente analisar quais são as fontes de tráfego mais relevantes para os objetivos do negócio.
Fique atento: mesmo que a compra ocorra no ambiente físico, é importante lembrar que o consumidor pode ter sido influenciado por uma das plataformas digitais às quais ele teve acesso durante a sua jornada de compra.
Quais são as fontes de tráfego mais importantes?
Um dos erros cometidos pelos gestores é ir atrás de respostas genéricas para essa questão. A análise das fontes de tráfego não pode ser feita de forma isolada.
Vamos detalhar melhor isso, ao avaliarmos as fontes mais empregadas hoje no e-commerce.
Tráfego pago x tráfego orgânico
Num cenário “ideal”, todo empreendedor gostaria que a maior parte do seu tráfego fosse obtida a partir do tráfego orgânico. Ou seja, os clientes seriam atraídos para sua loja, sem que ele precisasse investir em mídia paga.
Quem não gosta, por exemplo, de ter tráfego direto? Quando o cliente insere o nome da loja no browser?
Ocorre que, diante do crescimento das plataformas digitais, tornou-se bem difícil depender apenas dessas estratégias.
É importante observar também que, para ter bons resultados em termos de tráfego orgânico, é fundamental investir em otimização.
Isso exige atenção com as estratégias de SEO adotadas no site da loja e, claro, com a criação dos conteúdos responsáveis por atrair e reter a audiência.
O que deve ser considerado, nesses casos, é que cada iniciativa tem sua particularidade.
Os links patrocinados, por exemplo, tendem a gerar retorno mais rápido. Nesse sentido, são fundamentais para os negócios que ainda não têm uma base muito significativa.
Ao mesmo tempo, contudo, a empresa deve direcionar seus investimentos também para a otimização de seus conteúdos, até porque essa estratégia é essencial para se ganhar mais autoridade, reconhecimento de marca etc.
Redes sociais
Outra importante fonte de tráfego para as operações omnichannel são as redes sociais.
Além das altas audiências, essas plataformas reúnem outros aspectos relevantes, como a possibilidade de interação com o público, o que vai gerar engajamento e, se tudo der certo, aumentar a relevância da marca no digital.
Para quem tem perfis bem estruturados, ou seja, com conteúdos adequados para o público-alvo, há uma vantagem adicional: a qualificação da audiência.
Se o usuário segue aquela marca, é porque tem afinidade com ela. Assim, ao ser impactado por uma campanha, são boas as chances de conversão, uma vez que já sabe do que se trata.
As possibilidades de segmentação oferecidas pelas redes sociais são outro ponto forte das iniciativas nessa frente, permitindo que as empresas otimizem os seus investimentos.
No dia a dia, vale lembrar também que as estratégias realizadas nas plataformas digitais funcionam para ampliar novos defensores.
Assim como acontece em outras áreas, por melhor que seja o conteúdo produzido, hoje é difícil obter bons resultados sem investir em mídia paga nas redes sociais.
Mais uma vez, então, o importante é buscar o equilíbrio entre as publicações orgânicas e as pagas, entendendo que o melhor retorno será conseguido, invariavelmente, a partir da combinação desses esforços.
Avaliações
Pense em você como consumidor: quando decide comprar algo, baseia-se apenas na sua opinião ou busca “ajuda”?
Os estudos nessa área têm comprovado que, cada vez mais, é difícil encontrar alguém que não recorra à sua rede ou aos canais disponíveis na internet para obter mais informações antes de tomar a sua decisão de compra.
Pesa, nesse caso, a facilidade que temos para isso. Bastam alguns cliques para termos acesso ao aval de outras pessoas sobre aquele produto ou serviço.
A recomendação, então, é procurar cuidar dessas avaliações de forma mais estratégica. Ou seja, a empresa deve fazer o monitoramento das menções sobre a marca e cuidar da sua reputação.
Outra iniciativa importante é ter um trabalho ativo nessa frente, incentivando os clientes a compartilharem suas experiências com a marca.
E-mail marketing
A possibilidade de segmentar a base de clientes e, assim, ter abordagens mais assertivas, mantém o e-mail marketing como uma das principais fontes de tráfego para as empresas, em especial para as vendas online, por causa do redirecionamento.
O principal cuidado ao elaborar as estratégias é garantir a personalização. Por ser um canal direto com o público, não faz sentido que seja empregado para o disparo de informações genéricas.
O desafio para as estratégias de e-mail marketing é o tamanho da base. Se for muito pequena, o custo de execução da campanha deve ser avaliado, uma vez que a empresa corre o risco de não ter uma taxa positiva de ROI.
Aliás, esta é a questão-chave para a tomada de decisão sobre fontes de tráfego: todas as iniciativas devem ser devidamente monitoradas, até para que se identifique o que funciona melhor para o negócio.
E, quando se pensa em performance, vale lembrar que o ideal é recorrer às agências especializadas, responsáveis por auxiliar no planejamento das ações e cuidar da execução dos projetos.
Felizmente, o momento é de profissionalização do ecossistema do e-commerce. Ou seja, não há mais espaço para o amadorismo, e isso envolve todas as áreas da atividade.
Leia também: Estratégias de tráfego para e-commerce