Essa é uma daquelas simples perguntas que levam a discussões absolutamente complexas, mas, ao mesmo tempo, necessárias. O cenário de inclusão financeira no Brasil vem passando por transformações, assim como o e-commerce brasileiro, que têm crescido cada vez mais nos últimos anos, e ambos os assuntos precisam estar em pauta, juntos.
Introduzindo a conversa, precisamos analisar a situação atual do acesso a crédito no país. A procura por empréstimos, o aumento nos limites no cartão de crédito e o financiamento têm sido enormes, principalmente nesse momento de retomada após o isolamento causado pela pandemia.
Milhares de pessoas perderam seus empregos, empresas de todos os portes fecharam as portas e as oportunidades de trabalho foram ficando mais escassas, enquanto a inflação não parou de crescer.
Em um levantamento realizado pelo Serasa, 79% das pessoas revelaram que a aquisição de crédito é a principal alternativa para seus problemas financeiros, sendo utilizado para pagar contas pessoais e dívidas em atraso.
Ainda nesse momento econômico, as taxas de inadimplência também têm sido preocupantes, até mesmo para as fintechs, que promovem maior acessibilidade, juros mais baixos e melhores condições de pagamentos.
E por que o cenário é importante para o e-commerce?
Tudo o que diz respeito ao limite de crédito das pessoas, operações do mercado e movimentos de inclusão financeira impacta diretamente o varejo.
Entender o contexto como um todo é um diferencial num mercado tão concorrido como o do e-commerce, já que faz parte do conhecimento sobre comportamentos e hábitos do consumidor brasileiro, fazendo com que você tenha mais informações e possa personalizar recursos para o seu potencial cliente.
Além disso, as discussões em torno do assunto devem começar com um dos principais fatores: o método de pagamento. Os meios de pagamento oferecidos pela sua loja virtual estão diretamente ligados ao processo de democratização.
Soluções disruptivas, simples e versáteis fazem parte da dinâmica. A flexibilidade na forma de pagamento é fundamental para aumentar o poder de compra do consumidor e inseri-lo nesse sistema.
Mas, mais do que tudo isso, o movimento de inclusão financeira faz parte de um trabalho em conjunto muito maior e mais importante para o Brasil.
Quais são as possíveis soluções?
Hoje, não falamos apenas de inclusão financeira a partir da premissa de taxas mais baixas e melhores condições de pagamento. São ações, planos e projetos que vão ao encontro da acessibilidade de certos grupos de pessoas a um sistema até então distante e desconhecido para elas.
Então, diante dessas questões, surgem soluções. De modo geral, os bancos digitais têm sido a principal ferramenta de democratização nos últimos tempos.
De modo geral, ainda há a necessidade de muita evolução pela frente. Cabe a nós, inseridos no mercado e em instituições que podem, de fato, mudar o rumo dessas histórias, refletirmos sobre os próximos passos e a nossa contribuição para o sistema financeiro do Brasil.
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