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Como integrar o live commerce em sua estratégia digital?

Por: Luiz Fernando Ruocco

VP Sênior de Performance da Monks Brasil, construiu uma carreira sólida em marketing e mídia. Com passagens pela Raccoon e pela Rocky, onde atuou como sócio e impulsionou um crescimento de dez pessoas para mais de 350 colaboradores, Fernando acumula vasta experiência em varejo, omnichannel e marketing digital. Agora, lidera a área de performance da Monks, com mais de 1300 colaboradores, após a fusão com a S4 Capital.

Nos últimos dois anos, corremos para tentar resolver o problema do distanciamento social e é claro que a principal solução foi o digital. Dentre as mudanças que se tornaram comuns, o live commerce chegou ao Brasil, e várias empresas estão apostando nessa nova ferramenta.

Live commerce é um modelo de marketing que une transmissões em tempo real – livestreams – com técnicas de venda online. Em outras palavras, são as famosas lives que vemos com frequência nas redes sociais, usadas como meio para vender serviços e produtos. Enquanto o usuário assiste, ele também tem fácil acesso a um link de compra predeterminado.

Imagem de uma câmera em primeiro plano, gravando uma mulher comentando sobre produtos

Com a pandemia, o live commerce chegou ao Brasil, e várias empresas estão apostando nessa nova ferramenta.

Mas levanto uma pergunta relevante: será que essa ferramenta está sendo bem usada no Brasil?

O live commerce por aqui

O fazer por fazer, ou porque todo mundo está fazendo, é muito comum por aqui. Colocamos a mão na massa logo de uma vez e rodamos testes e testes. Não foi diferente no live commerce: começamos a fazer sem mesmo saber fazer.

Nesse ritmo, muitas empresas encontraram problemas, como dificuldades técnicas na produção de lives de qualidade, ou mesmo o suporte adequado do e-commerce para atender os clientes que estavam chegando por essa porta.

O momento mais “desesperador”, quando todo mundo estava fazendo transmissões sem parar, já passou. Contudo, o potencial e a popularidade das lives continuaram de forma mais firme. E agora que o avião está voando, cabe às grandes marcas entenderem como encaixá-lo corretamente na estratégia de vendas.

Live commerce e datas sazonais

Acredito muito que o live commerce no Brasil será muito forte em datas sazonais e, principalmente, nos lançamentos de coleções. As pessoas já estão entregues ao marketing em vídeo, para começar. Nesse sentido, 96% do público já assistiu a vídeos explicativos de algum produto, por exemplo, segundo pesquisa realizada pela Wyzowl. Além disso, 88% afirmaram que já foram convencidos a comprar algo por assistir a um vídeo da marca. Junte isso à interatividade do livestream e o timing certo, e os resultados tendem a se multiplicar.

Podemos também pensar em termos de eventos. Há alguns anos, víamos muitos eventos feitos para poucos clientes, os selecionados. Agora, isso pode se transformar em um evento exclusivo, de maior alcance, mas para a base premium de uma empresa, fazendo até com que o cliente se sinta especial. Ou, ainda, é possível fazer eventos abertos e transportar a experiência, que seria de dezenas ou centenas de pessoas, para milhares.

A importância do conteúdo no live commerce

Outro ponto importante é o conteúdo. Estar ao vivo não resolve nada se não for interessante. Por isso, pensar no que chama (e retém) a atenção do público é essencial antes de montar um calendário de lives. A demonstração de produtos e a validação por especialistas também podem ser tendências dessa ferramenta.

Como sempre, para encaixarmos algo numa estratégia, precisamos saber como isso funciona e como a integração com outras ferramentas utilizadas faria a diferença. Com esses cuidados e uma boa análise de dados, o live commerce tem tudo para ser um canal de adição de receita nas empresas, e não simplesmente uma receita substitucional.

Leia também: Como o live commerce pode melhorar a experiência do cliente?