De olho na evolução do comércio eletrônico brasileiro e nas oportunidades de crescimento que este mercado oferece, o segmento de pagamentos online tornou-se ainda mais competitivo e a sua evolução se faz notória.
Com a previsão de crescimento de 28% do comércio eletrônico no Brasil neste ano e com a evolução do acesso aos dispositivos móveis, a competição entre adquirentes, gateways e intermediadores (também chamados de subadquirentes ou facilitadores), está cada vez mais acirrada. E, com isso, também se tornou ainda mais difícil entender a diferença entre cada um. Então, quem é quem nessa história?
O principal engano no processo decisório é comparar soluções tecnológicas ou somente as tarifas oferecidas entre cada um, deixando de lado aquilo que de fato faz a diferença: o impacto no modelo de negócio do lojista.
Ao escolher as oportunidades entre adquirentes, gateways e intermediadores de pagamento é imprescindível analisar o que o seu modelo de negócio realmente necessita. Ou seja, efetuar a compra é a consequência de uma experiência interativa de sucesso. Em outras palavras, prover facilidade, acessibilidade e opções de pagamento para que o comprador efetive a compra sem dificuldade e com total segurança deve ser o objetivo principal.
A metodologia de pagamento é extremamente importante no julgamento de uma nova compra. Mais do que isso, é muito importante analisar o impacto nos processos internos, isto é, como isso influenciará no fluxo de caixa, na saúde financeira do lojista, no atendimento ao consumidor, no combate à fraude e nas taxas de aprovação e de conversão.
Sendo assim, para tomar esta decisão, o lojista deve considerar: o cliente, a empresa e o modelo de negócio, bem como os pontos positivos e negativos entre cada solução.
Veja algumas questões básicas a serem consideradas no processo de decisão:
1) Quais são as formas de pagamento mais importantes para o meu cliente?
É importante entender seu público-alvo, ou seja, quais formas de pagamentos são mais utilizadas por meus clientes? Cartões de crédito? Boleto bancário? Débito online? Quais bandeiras e operadoras devo oferecer para meus clientes? Como é feita a segurança dos dados e transações? Existe análise antifraude? Tudo isso deve ser considerado para que não haja abandonos ou perdas justamente na hora de efetivar a transação.
2) Qual é a forma mais prática de cobrar o meu cliente?
Definir a forma como o cliente será cobrado é extremamente importante. Como e quando vou cobrar meu cliente? Online? Offline? Ao receber a mercadoria? Como a solução vai me ajudar no atendimento ao cliente em caso de dúvidas ou problemas? A metodologia de pagamento deve estar alinhada ao processo de venda do modelo de negócio.
3) Onde está o meu cliente?
Quais funcionalidades são importantes para conquistar mais clientes? Por onde ele realizará suas compras? Por dispositivos móveis? Pelo computador? Por uma central de atendimento? O que eu preciso para alcançar melhor meu público? Estar onde o seu cliente está e com uma solução compatível é importante para aumentar a conversão de vendas em sua loja virtual.
4-) O que meu negócio vende e como maximizar os resultados?
Como as funcionalidades oferecidas vão ajudar a ampliar o meu negócio e a fidelizar meu cliente? Meu negócio vende produtos ou serviços? Há oportunidade para realizar cobranças de assinaturas ou pagamentos recorrentes? Como o mercado vende? Poderei oferecer melhores condições? Também é muito importante olhar para o seu negócio e entender como as soluções podem trazer vantagens, como as funcionalidades podem ampliar o mercado de atuação.
5-) Quais são as tarifas cobradas e como vou receber os ganhos?
Quais são as tarifas e condições? Serei cobrado por transações declinadas ou somente por transações aprovadas? Existe custo mensal para a implantação desta solução? Quando receberei os ganhos? Como funciona o fluxo quando houver compras parceladas? É imprescindível analisar não somente as tarifas cobradas, mas também como funcionam as retiradas dos ganhos e, principalmente, como isso vai influenciar as operações e a saúde financeira da minha empresa.
Mesmo levando essas questões em consideração, na prática, qual é a diferença entre eles?
Adquirentes
São as empresas que efetivam as transações financeiras, ou seja, são responsáveis pela comunicação entre a empresa e a bandeira (operadora).
Ponto positivo: Baixo custo por transação.
Pontos negativos: Burocracia de credenciamento, poucas opções de bandeiras, alto custo e tempo de desenvolvimento para integração na loja virtual.
Gateways
São empresas que oferecem interfaces de transmissão de dados entre clientes, lojistas e os respectivos bancos de forma segura, já que impede acesso às informações pessoais de clientes e transmite os dados de forma criptografada.
Pontos positivos: Maior segurança nas transações e privacidade de dados pessoais. É importante para combater as fraudes na internet.
Pontos negativos: Custo por transação intermediário. Não funciona sem o credenciamento com o adquirente. Alto custo e tempo de desenvolvimento para integração.
Intermediadores (subadquirentes)
São empresas agregadoras, que oferecem pacotes de soluções completas para o recebimento de pagamentos online com pouca burocracia, realizando o credenciamento automático com transmissão de dados seguros, sistema antifraude e diversas soluções e meios de pagamento em uma única ferramenta capaz de interagir de forma simplificada com os clientes e de ajudar o lojista a focar no core business.
Pontos positivos: Maior segurança nas transações e de dados pessoais de clientes com análise antifraude. Baixa burocracia na abertura de contas. Baixo custo e tempo de desenvolvimento para integração, já que essas empresas oferecem kits de integração (SDK) e módulos compatíveis com as principais plataformas do mercado. Múltiplas opções de pagamento para atender melhor às necessidades dos clientes. Soluções de pagamento especialmente desenvolvidas para atender necessidades específicas dos comerciantes, como: módulos de recorrência, checkout transparente, soluções de pagamento por dispositivos móveis, tokenização e pagamentos com um clique com conciliação financeira descomplicada.
Pontos negativos: Maior custo por transação.
Veja de forma simplificada como as diferenças se aplicam na prática:
