A atual crise que o mundo passa com a Covid-19 está obrigando as pessoas a repensarem suas atitudes e gastos, além de analisarem como será o futuro. O isolamento social vem impactando de forma severa todas as áreas da economia e promovendo mudanças de hábitos, principalmente na forma como consomem produtos e serviços.
Para poder se adaptar a esse novo cenário, as empresas começaram a replanejar sua forma de fazer a comunicação. Neste artigo vamos falar sobre as mudanças nas tendências de marketing digital ocasionadas pela Covid-19 e o que podemos esperar para o futuro no mercado.
O novo comportamento do consumidor
A necessidade de ficar em casa, seja trabalhando ou não, com o objetivo de diminuir a disseminação do vírus, está gerando mudanças drásticas no comportamento das pessoas. Nota-se o aumento no número de assinaturas de canais de TV ou plataformas de streaming, como a Disney+, HBO Now e Netflix. Estudo elaborado pela Conviva, plataforma de monitoramento de streaming, aponta que a audiência desses serviços cresceu 20% desde o início da pandemia de coronavírus.
Além disso, o mercado do marketing digital também está tendo uma demanda aumentada, visto o crescimento por serviços de consultorias e agências de comunicação. Apesar de muitas enxergarem com dúvidas o futuro das ações de marketing, algumas empresas estão vendo oportunidades surgindo, observando as novas tendências do digital.
Até mesmo as pequenas e médias, que antes não possuíam nenhuma estratégia de marketing digital, passaram a buscar maneiras de implantar suas lojas virtuais e sistemas de entrega em casa.
Esse processo de transformação é uma forma de se adaptar a essa nova realidade do mercado. Sendo assim, é preciso encontrar novos meios de se fazer negócios, fortalecendo a presença digital da marca quanto antes.
O que mudou?
Algumas mudanças são temporárias, mas outras se tornam definitivas, alterando os hábitos de consumo e criando novas tendências de marketing digital.
O isolamento social fez com que o consumidor passasse a ter mais tempo para navegar na internet, seja a trabalho ou lazer. A necessidade de estar em casa obrigou as pessoas a comprarem produtos ou serviços de forma online, assim como buscarem novas formas de entretenimento e conhecimento.
Portanto, as pesquisas aumentaram e mais pessoas estão buscando pelo mesmo produto ou serviço. Isto leva a uma necessidade de melhorar a otimização dos sites das empresas para que consigam estar nas primeiras colocações nas páginas de busca.
Da mesma forma, os marketplaces, como Amazon e Magazine Luiza, aumentaram consideravelmente o tráfego em suas plataformas. Os produtos de higiene pessoal foram os que mais cresceram em vendas nessa pandemia, principalmente os relacionados ao combate ao vírus, como o álcool gel. Outro setor que ficou aquecido com a crise — com a restrição das pessoas de irem a lugares públicos ou mesmo viajar — foi o de alimentação. Isso fez com que bares e restaurantes que ainda não investiam em delivery se adaptarem rapidamente.
No entanto, nem todos os setores estão conseguindo manter o fluxo, E, com isso, estão traçando alternativas para conter a crise. O varejo está assistindo a redução das compras por impulso — seja pela quarentena ou, ainda, pela insegurança econômica. Há a diminuição dos gastos com supérfluos e a priorização do que é de necessidade. Desta forma, as compras impulsivas tiveram uma grande queda, obrigando empresas a pensarem em novas estratégias para chegar até o consumidor.
O que esperar?
As marcas que tiverem maior interação com o seu público estarão em vantagem. Os negócios que não se adaptarem ao meio online, por outro lado, estarão fadados a fechar as portas. O e-commerce está cada vez mais solidificado e o isolamento social fez com que aqueles consumidores reticentes a usar o meio online para fazer compras se rendessem.
As empresas que não se estruturarem para esta nova realidade, buscando ferramentas que garantem a segurança nas compras e estratégias criativas para atrair a atenção das pessoas, não atenderão às novas expectativas dos consumidores.
Além disso, o cenário de recessão econômica e o esforço coletivo para manter os empregos estão gerando um movimento de valorização dos negócios locais de produtos e serviços — ajudando as pequenas e médias empresas a se manterem abertas.
Conclusão
O pensamento do consumidor mudou, e o planejamento das empresas deve seguir esse novo caminho. Irá buscar as novas tendências de marketing digital, ditadas por novos comportamento. A necessidade de ficar em casa está levando as pessoas a terem uma nova visão sobre suas prioridades em gastos com itens de pouca necessidade e a forma como adquirem seus produtos.
É importante reforçar o relacionamento com o seu consumidor e estar onde ele está, se fazer presente. Portanto, migre para o online, reforce a comunicação, seja relevante e mantenha-se próximo do seu público-alvo.