Segundo dados da Febraban, com base nos resultados do Banco Central, o Pix encerrou o ano de 2022 consolidado como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Desde que foi lançado no país, em 16 de novembro de 2020, contabilizou mais de 26 bilhões de transações efetuadas no sistema financeiro nacional, movimentando R$ 12,9 trilhões durante esse período.
Já em seu primeiro mês de funcionamento, o Pix ultrapassou em transações o DOC (Documento de Crédito) e, em janeiro de 2021, superou o TED (Transferência Eletrônica Disponível). Em março de 2021, foi a vez de o Pix superar as transações feitas com boletos e, no mês seguinte, ultrapassou as três modalidades juntas.
As operações do PIix ultrapassaram as transações via débito em janeiro de 2022 e, em fevereiro, passaram, pela primeira vez, as transações via cartão de crédito, tornando-se o meio de pagamento mais utilizado no Brasil.
Veja as mudanças do Pix para 2023
Como já anunciado pelo Banco Central (BC), daqui para frente o Pix deve trazer diversas evoluções, tornando-se um sistema de pagamentos cada vez mais eficaz, rápido e seguro. A partir de 2 de janeiro de 2023 entraram em vigor algumas novas regras e mudanças do meio de pagamento. Confira quais são!
1. Sem limite por transação
A partir de 2 de janeiro de 2023, o Banco Central definiu que o Pix deixa de ter um limite individual por transação e passa a ter limites diários por período – dividido entre diurno e noturno. As regras de personalização de limites continuam as mesmas.
2. Flexibilização do limite noturno
O período noturno permite limite de transferências mais baixo e antes começava às 20h e ia até as 6h do dia seguinte. Com as novas regras, o limite noturno passa a valer a partir das 22h e termina às 6h do dia seguinte.
3. Aumento do Pix Saque e do Pix Troco
Antes, era possível sacar ou receber como troco o total de R$ 500 no período diurno e R$ 100 no período noturno via PIX. Agora, as quantias aumentaram para R$ 3 mil no período diurno e R$ 1 mil no período noturno. As regras para alteração dos limites seguem as mesmas, e a instituição deve cumprir a redução do limite imediatamente, mediante solicitação do usuário.
4. Fim do limite para transferências a empresas
De acordo com as novas regras, não há mais limite para transferências a contas de pessoas jurídicas via Pix. Fica a cargo de cada instituição financeira determinar o valor máximo para esse tipo de transação.
5. Aumento do limite para compras
Com as novas regras, os limites das operações via Pix para finalidade de compras passam a ser iguais aos do TED. Anteriormente, esses limites eram atrelados aos limites dos cartões de débito das instituições.
6. Pagamentos de aposentadorias, salário e pensões
A partir de agora, o Tesouro Nacional pode efetuar o pagamento de aposentadorias, pensões e salários ao funcionalismo público por meio de conta-salário atrelada a uma chave Pix. Antes, os pagamentos via Pix efetuados pelo Tesouro Nacional estavam disponíveis apenas para o recebimento de taxas e multas.
7. Facilitação para recebimento de recursos por correspondentes bancários
Por fim, o Banco Central passa também a facilitar o recebimento de recursos por parte de correspondentes bancários através do Pix, de forma que cada correspondente pode ter uma conta em seu nome para movimentar valores relacionados à prestação de serviços, desde que a conta seja utilizada apenas para recebimento de recursos.