No mundo todo, há bastante tempo, muito se fala sobre igualdade.
Igualdade: “fato de não se apresentar diferença de qualidade ou valor, ou de, numa comparação, mostrarem-se as mesmas proporções, dimensões, naturezas, aparências, intensidades; uniformidade; paridade; estabilidade”.
Foi pensando assim que alguns marketplaces e empresários abriram oportunidades para que empreendedores ligados a causas sociais tenham a chance de venderem seus produtos, também, pela Internet.
Um dos principais objetivos é apoiar a inclusão digital de microempreendedores que buscam, por meio de seus produtos, garantir o sustento da família, movimentar a economia local e/ou gerar renda para suas comunidades. Além disso, é uma maneira de valorizar e garantir um lugar onde todas as pessoas se sintam seguras, incluídas e representadas.
Alguns e-commerces se uniram para oferecer espaços gratuitos, nos respectivos marketplaces, retirando os custos das plataformas ou até mesmo comprando os produtos para revendê-los com frete grátis. Assim sendo, criaram um espaço exclusivo para entidades sem fins lucrativos trabalharem de forma regular, por causas sociais, em diversos pilares. Outra forma de ajudar foi não realizar a cobrança das taxas relacionadas à venda e aos serviços de suas plataformas.
Vale ressaltar que essas ações ultrapassam o objetivo comercial do negócio. A ideia é que os consumidores realizem as suas compras, sabendo que o valor de cada peça ou produto vai muito além do financeiro.
Efeito pandemia e a criação de marketplaces de causas sociais
Alguns marketplaces foram criados, no auge da pandemia da Covid-19, em busca de aliviar os impactos do isolamento social e das restrições sanitárias, que fecharam os comércios físicos. Essas ações iniciaram como uma maneira de diminuir os efeitos causados pela pandemia, que acabou dificultando ou impossibilitando muitas pessoas de realizarem seus trabalhos ou manterem seus negócios em pleno funcionamento.
Esses e-commerces são voltados para o auxílio a instituições carentes, comunidades ou ações de causas pontuais. O objetivo principal é arrecadar fundos para ajudar essas entidades e tornar mais simples o ato de doar. Uma das ações dessas plataformas voltadas para doações é permitir que os usuários escolham e paguem o produto a ser doado, por meio daquele canal.
Iniciativas que antes eram feitas de forma avulsa ganharam um espaço para que doações pudessem ser realizadas de forma rápida, prática e segura. Nesse modelo, outra opção é que as pessoas façam suas contribuições, mensalmente, para ajudar uma causa. Ao final do mês, o valor arrecadado é dividido igualmente entre as instituições participantes da causa escolhida.
Ações como essas surgiram em um momento difícil para todos, mas acabaram trazendo um olhar importante para o bem comum. As pessoas estão se dando conta do quanto a atitude de ajudar e pensar no próximo, dentro do possível, é importante. Se colocar no lugar do outro, nessa nova cultura de doação, é um grande estímulo para que estejamos mais preparados para passarmos por uma crise ou um outro momento como este que estamos enfrentando.
Qualquer dos dois formatos de marketplaces sociais, seja o destinado a fomentar a venda de produtos ligados a uma causa ou aqueles que são doações para instituições, tem um único objetivo: descentralizar a concentração de venda e renda e, claro, possibilitar o acesso de todos ao ecossistema digital de geração de renda ou de alívio à necessidade de alguém.
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