Nos últimos meses, o cenário das compras internacionais no Brasil tem mudado drasticamente. A aprovação, em agosto de 2024, da chamada “taxa das blusinhas”, que estabelece um Imposto de Importação de 20% para compras de até US$ 50, já gerou uma queda de 11% nas aquisições feitas em plataformas estrangeiras.

A partir de abril de 2025, a situação deve ficar ainda mais desafiadora com a elevação do ICMS para até 20%. Isso resultará em uma taxação total de 60% sobre os produtos comprados de plataformas internacionais, como Shein, Shopee e AliExpress.
O aumento dos custos das compras internacionais impulsiona o mercado interno
Além das mudanças tributárias, o preço do dólar segue em alta, impactando diretamente o custo dos produtos importados. Como resultado, muitos consumidores têm procurado alternativas mais acessíveis dentro do Brasil.
Grandes redes de varejo, como C&A, Renner e Riachuelo, registraram um crescimento considerável nas vendas em 2024. O setor de vestuário nacional, por exemplo, teve um aumento de 6%, conforme dados do IBGE.
Dropshipping nacional: uma oportunidade de negócio crescente
Em meio a esse cenário, o dropshipping nacional se destaca como uma excelente oportunidade para quem quer empreender no comércio eletrônico sem precisar realizar grandes investimentos iniciais.
Dropshipping trata-se da venda de produtos sem estoque. Ou seja, o lojista comercializa produtos de um fornecedor, sendo responsável pela divulgação e pelo atendimento. Quando o pedido é efetuado, ele repassa para o fornecedor que realiza o envio para o cliente.
Essa modalidade se popularizou há alguns anos com a comercialização de produtos vindos, principalmente, da China. Contudo, o dropshipping nacional tem ganhado cada vez mais força e oferece alguns benefícios, como:
– Preços mais acessíveis: como os fornecedores estão localizados no Brasil, não há a carga extra de impostos e tarifas de importação.
– Frete mais barato e rápido: a logística fica mais eficiente, com prazos de entrega reduzidos e custos de frete mais baixos, um diferencial importante para atrair consumidores.
– Variedade de nichos: o mercado nacional tem uma ampla gama de fornecedores para atender a diferentes nichos de produtos, tornando possível encontrar alternativas para atender a várias demandas.
A tendência de crescimento do dropshipping no Brasil
Muito além de um modelo de negócios, dropshipping diz respeito, principalmente, a uma forma de logística. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM), atualmente cerca de 40% das pequenas e médias empresas no Brasil já utilizam o dropshipping em sua operação, seja de forma total ou parcial.
Esse número tende a crescer, e a estimativa é de que, até 2030, 80% das empresas adotem esse modelo. Isso porque o dropshipping facilita processos e permite que as empresas foquem em áreas específicas.
Esses dados, somados à queda dos pedidos importados, demonstram o grande potencial de crescimento do mercado de dropshipping nacional. Acompanhando o fato dos consumidores estarem mais dispostos a comprar de lojas virtuais locais, o número de fornecedores também tende a aumentar.
Investindo no e-commerce nacional: um movimento estratégico
Para quem deseja começar a empreender no comércio eletrônico, 2025 se apresenta como o ano ideal. O mercado de produtos nacionais está em ascensão, e o dropshipping é uma excelente forma de aproveitar essa tendência, com baixo custo inicial e sem necessidade de um grande investimento em estoque. Com uma boa estratégia e parcerias com fornecedores confiáveis, é possível ter um negócio lucrativo e sustentável.
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