Com expectativa de continuidade na queda da inflação em 2024, projetada pelo Boletim Focus em 3,81% ao final do ano, os brasileiros vêm retomando o seu poder de compra.
No e-commerce, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), a estimativa é de um faturamento de R$ 205,11 bilhões, gerados por 90 milhões de compradores, com ticket médio de R$ 490,00. Em 2023, o faturamento foi de R$ 185,7 bilhões e o ticket médio, R$ 470,00.
Dado o potencial do mercado, lojas de e-commerce devem estar atentas às demandas dos consumidores, oferecendo uma experiência de compra cada vez mais qualificada.
Para ajudar você, listamos quatro tendências que podem inspirar suas estratégias de negócio e impulsionar as suas vendas.
1. Atendimento humano
Pode parecer estranho sugerir que, com tanta tecnologia em “robôs” de atendimento, estejamos elencando o atendimento humano como uma tendência.
Mas, se você é lojista e está lendo este texto, eu te convido a refletir: enquanto consumidor, você já teve dificuldades com alguma empresa e precisou entrar em contato, seja pelos canais digitais ou por telefone?
Se você se deparou com um atendimento automatizado, dependendo do tamanho do seu problema, provavelmente, ficou desapontado. Afinal, diante de uma situação delicada, ter “alguém” para conversar nos tranquiliza e aumenta a nossa confiança na marca.
Isso não quer dizer que você precise eliminar o atendimento automatizado, mas é válido considerar que parte dos clientes podem se tornar detratores do seu negócio se tiverem uma experiência insatisfatória.
Um estudo divulgado pelo E-commerce Brasil mostra que 60% dos clientes procuram a concorrência após uma única experiência ruim no atendimento. Por isso, tenha atenção especial às formas de contato disponibilizadas pelo seu negócio.
2. Experiência de pagamentos fluida e checkout transparente
Oferecer uma jornada de pagamento fluida, rápida e segura ao consumidor é muito importante para a taxa de conversão em seu site.
A pesquisa Global Insights, realizada pela Serasa Experian com mais de seis mil consumidores de 20 países, incluindo o Brasil, mostrou que quatro em cada cinco entrevistados dizem que uma experiência online positiva faz com que admirem mais a marca.
E, nessa jornada, cada campo de preenchimento a mais aumenta as chances de o cliente desistir da compra. Por isso, atente-se para a usabilidade da página de pagamentos do seu site e ofereça uma experiência de checkout transparente.
O checkout transparente é uma funcionalidade que mantém o seu consumidor no site da loja na hora de finalizar a compra, sem redirecioná-lo para outra página. Isso traz impacto significativo para a experiência do cliente, que sentirá mais segurança e tranquilidade para inserir seus dados.
3. Diversidade de métodos de pagamento
Dado o alcance da internet, as lojas de e-commerce devem considerar que seus clientes podem ter preferências bastante distintas – não somente nos tipos de produtos e serviços buscados, como também na forma de pagar por eles. E pouco adianta oferecer uma experiência agradável durante boa parte da jornada de compra se, na hora de pagar pelo produto, o cliente não tiver à sua disposição o seu método de pagamento preferido.
O Pix, por exemplo, vem batendo seus próprios recordes. Conforme o Banco Central do Brasil (Bacen), em 2023, ele foi responsável por 42 bilhões de transações e R$ 17 trilhões (US$ 3,4 trilhões) em pagamentos físicos e digitais, um aumento de 57% em relação a 2022.
Hoje, o uso do Pix para pagamento de contas está atrás apenas do cartão de crédito, que vem perdendo tração. E essa tecnologia brasileira de pagamento instantâneo deve ganhar mais força. Para 2024, está marcado o lançamento do Pix Automático, que vai facilitar pagamentos recorrentes.
Mas, para além do cartão de crédito e do Pix, os pagamentos por boleto e por dinheiro ainda são expressivos no Brasil. Ao contratar uma empresa parceira para processar os seus pagamentos, opte por uma que oferece a maior variedade de métodos.
4. Clubes de assinatura
Há algum tempo, “assinaturas” significavam basicamente “serviços de streaming”. Mas nos últimos anos os modelos baseados em assinatura ganharam força em vários setores. No Brasil, a relevância do mercado ainda é pequena, quando comparado ao mercado norte-americano – R$ 1 bilhão contra R$ 50 bilhões movimentados anualmente, segundo a Forbes.
Um dos fatores que sustentam essa discrepância é a falta de soluções sofisticadas e adaptadas para o mercado brasileiro. Isso pode significar uma oportunidade para o seu negócio, que, com uma boa ideia, aliada a uma tecnologia adequada, tende a se destacar.
Para o lojista, aqui estão algumas das vantagens de contar com um clube de assinatura para seus produtos ou serviços:
– Recorrência nas vendas: você lucra com a venda para um mesmo cliente não apenas uma vez, mas com frequência definida (que pode ser semanal, quinzenal ou mensal, por exemplo);
– Previsibilidade de receita: ao contar com faturamento a partir do clube de assinatura, você tem mais clareza do quanto o seu negócio deve faturar nos próximos meses. Isso dá mais tranquilidade para você fazer planos para o seu negócio – pensar na criação de novos produtos ou soluções, ou abrir uma nova unidade física, por exemplo;
– Diminui o custo com o cliente: imagine que você pagou para trazê-lo ao seu site a partir de uma campanha de marketing. A ação deu certo, e o cliente não apenas comprou um produto, como realizou uma assinatura para recebê-lo com recorrência. Ou seja, o custo de aquisição vai sendo abatido ao longo do período.
Para o cliente, a principal motivação para entrar em um clube de assinatura é o acesso a produtos exclusivos. A segunda motivação é a comodidade. O mesmo estudo mostrou que seis a cada dez assinantes gastam aproximadamente R$ 225 por mês com produtos ou serviços recorrentes.
Agora que você já está por dentro das principais tendências, que tal tirar um tempo para planejar a aplicação delas em seu negócio?