Quando se fala em vendas, uma excelente ferramenta para o empreendedor são as redes sociais. Mas o que esperar das vendas pelas redes sociais em 2023?
De acordo com uma pesquisa do All INN, em parceria com a Opinion Box:
– 87% dos consumidores já fazem suas compras online;
– 75% utilizam as redes sociais para busca de produtos;
– 74% dos consumidores costumam utilizar o Instagram, o Facebook e outras redes sociais para fazerem suas compras.
Com dados sempre crescentes e positivos, as redes sociais são um forte veículo para as empresas e estima-se a ampliação do uso desses canais neste ano, já que elas não param de se atualizar para suprir as necessidades do mercado e dos empreendedores.
Redes sociais e marketing digital
Redes sociais e marketing digital são duas faces de uma mesma moeda. Após a pandemia, especialmente, não se pode falar em um sem o outro. Nesse período, as vendas pela internet e redes sociais aumentaram vertiginosamente, contagiando até os mais descrentes em compras online.
O faturamento do e-commerce no Brasil cresceu de forma exponencial em 2020 e manteve-se em alta em 2021 e 2022, oferecendo estimativas de que o crescimento das vendas digitais continue a subir nos próximos anos, podendo atingir R$187 bilhões em 2023.
Toda essa popularização das compras online deve-se em parte significativa às redes sociais. Isso porque algumas tendências do marketing digital e das redes sociais são muito atreladas, funcionando conjuntamente. E são essas tendências que auxiliarão o aumento das vendas para o ano.
Apps de mensagem cada vez mais utilizados
Para 2023, estima-se maior ampliação do uso de aplicativos de mensagem nas redes sociais como:
– WhatsApp;
– Facebook Messenger;
– Telegram;
– Instagram Direct.
Todos já são opções bem consolidadas que seguirão em ascensão, pois são ferramentas utilizadas diariamente por milhões de pessoas e que recebem aprimoramentos de forma constante.
Inteligência virtual, realidade aumentada e avatares
Em 2023, a inteligência virtual ficará cada vez mais presente no varejo, incluindo o uso de avatares. O avatar poderá ser um facilitador na hora das vendas – colocando-o para falar por você ou mesmo para participar de chamadas de vídeo – tudo para atender melhor o cliente.
A inteligência artificial ajudará as empresas a fornecerem recomendações melhores e personalizadas ao perfil de cada cliente, além de realizar análises de dados, de forma a tornar as operações mais eficientes, melhorando a experiência do consumidor.
A RA (realidade aumentada) tem se tornado cada vez mais popular no varejo eletrônico, já que permite aos clientes visualizarem como os produtos ficariam em sua casa ou se a roupa desejada ficará bonita em seu corpo. Tudo isso sem precisar sair de casa.
A realidade aumentada é útil e melhora de maneira significativa a experiência de compra dos clientes. Nesse sentido, ela deveria estar presente tanto em e-commerces quanto em lojas físicas.
Entretenimento e vendas caminhando juntos
As “dancinhas” e os vídeos curtos se manterão como tendência em 2023, e continurão sendo um dos pontos altos das redes sociais, tal qual no ano passado. Seja pelo Tik Tok ou pelo Reels do Instagram, esses vídeos viraram criadores de tendências, tornando-se uma ferramenta aliada das empresas.
Essa tendência consolidou-se entre os empreendedores por unir três pilares:
– entretenimento;
– alcance de público;
– aumento de vendas.
Uso cada vez maior do Instagram
O Instagram conta com aproximadamente 122 milhões de brasileiros que publicam vídeos e fotos, realizam lives, comunicam-se através do direct e, inclusive, divulgam seus produtos, seus serviços e suas empresas.
Esses dados colocam o Instagram como a rede social mais utilizada para pesquisa, compra e avaliação de produtos.
Seria possível uma ressurreição do Facebook?
Com toda a popularidade do Instagram crescendo, o Facebook teve uma queda na sua popularidade, especialmente entre o público mais jovem.
Esse fato colocou o Mark Zuckerberg (diretor executivo do Facebook) em movimento, de forma a criar mudanças na rede social, entre elas:
– Maior número de postagens recomendadas pela inteligência artificial de páginas e/ou pessoas que o usuário não segue;
– Fluxo intenso de novidades no feed;
– Uso de avatares digitais.
O objetivo das mudanças é manter os usuários dessa rede social, contribuindo, de forma concomitante, para que os anúncios no Facebook cresçam e ofereçam mais oportunidades para empresas e marcas, incentivando o usuário a se engajar com o Facebook. Assim, por meio dessa relação, os empreendedores saem ganhando e o aplicativo também.
Social commerce – o comércio movimentado pelas redes sociais
O social commerce é um tipo de comércio eletrônico baseado nas redes sociais que vem crescendo significativamente e promete ser uma das maiores tendências do varejo para 2023, seja para quem vende somente online ou para quem possui um negócio físico e busca a transformação digital.
Pelo social commerce, as empresas podem alcançar um público bastante amplo, atraindo novos clientes – devido ao intenso fluxo de usuários que as redes sociais possuem em todo o mundo.
O social commerce permite que os usuários realizem a compra de produtos ali mesmo nas redes sociais, de forma direta e sem precisar ir a outra página ou aplicativo. Essa é uma estratégia eficiente, uma vez que o consumidor não precisa sair da plataforma, concluindo a compra em menor tempo e aumentando a conversão das marcas.
Essa tendência pode ser seguida por qualquer empresa e de forma muito fácil: por anúncios patrocinados que redirecionam os usuários para a página de vendas na própria rede social.
Ao utilizar o social commerce, a empresa consegue interagir de forma direta com sua clientela, pelas redes sociais, criando uma relação de confiança com seu público, e consequentemente gera fidelidade de seus consumidores, aumentando o Lifetime Value do negócio.
Social commerce, live commerce, mobile commerce – são todos iguais?
Não! O live commerce e o mobile commerce nada mais são do que formas de compra derivadas do social commerce, apresentando algumas similaridades e, de certa forma, complementando-se. Porém, não são iguais.
O live commerce é o comércio eletrônico que é baseado em transmissões ao vivo por plataformas como o YouTube ou o Facebook.
Mesmo que o YouTube não seja considerado uma rede social propriamente dita, o live commerce pode ser considerado uma forma do social commerce pelo tipo de interação empresa-cliente que acontece na plataforma.
Isso porque, durante as transmissões ao vivo, os vendedores expõem os produtos que estão à venda, falam sobre eles, explicam o funcionamento e esclarecem dúvidas dos consumidores. Os espectadores podem fazer seus questionamentos e realizarem as compras diretamente pela plataforma.
O live commerce costuma funcionar muito bem dentro do social commerce pela sua metodologia de manter a atenção dos clientes e também por gerar um “senso de urgência” para a compra. As ofertas tendem a ser limitadas e disponíveis apenas enquanto durar a transmissão ao vivo.
O mobile commerce, por sua vez, é um outro termo relacionado ao social commerce que se refere às compras eletrônicas realizadas através de dispositivos móveis: smartphones e tablets.
Ele tem crescido rapidamente nos últimos anos, devido ao fato de os dispositivos móveis serem amplamente usados para acessar à internet, além de muitas pessoas utilizarem unicamente seus smartphones para navegar.
Portanto, social, live e mobile commerce são todas variações do comércio eletrônico que se baseiam em plataformas digitais específicas e vêm crescendo nos últimos anos, oferecendo grandes oportunidades para as empresas aumentarem seu alcance de público e atrair novos clientes.
Social commerce: redes sociais como vitrine
As redes sociais popularizaram-se no varejo virtual por funcionarem como uma vitrine que permite mostrar seu negócio e obter vantagens bastante interessantes. Entre elas, o aumento das vendas – independentemente da área de atuação – e a prospecção de novos clientes.
Além disso, as redes sociais melhoram a relação com o consumidor, que passa a ter mais confiança na empresa. Isso é possível pois ele passa a confiar nesse relacionamento em que é permitido comentar e compartilhar com outras pessoas várias informações sobre o produto ou sobre o serviço, como uma forma de marketing gratuito – apenas pela pessoa se identificar e gostar da marca.
Além do exposto acima, ainda existem outros benefícios de usar as redes sociais:
– Aumento de notoriedade da marca;
– Fidelização de clientes;
– Cria autoridade no mercado;
– Melhora taxas de conversão;
Torna a experiência do consumidor mais completa e enriquecedora.
Nesse sentido, sem dúvida, as redes sociais podem e devem ser usadas como vitrine. E, se usadas corretamente, elas oferecem todas as vantagens supracitadas.
Para usar as redes como vitrine de um negócio de forma a ampliar o alcance e a alavancar as vendas, algumas estratégias são necessárias:
Utilizar a rede social correta para cada tipo de negócio e público
Utilizar o canal correto é o primeiro passo, pois, ao contrário do que comumente se pensa, não é preciso ter um perfil em todas as redes sociais de uma só vez.
O ideal é fazer uma pesquisa sobre os canais que o público-alvo do negócio mais utiliza para selecionar com assertividade o canal e criar o perfil nele. Ou seja, a empresa precisa estar onde seus consumidores estão, para assim facilitar o processo de venda.
Criar um plano assertivo de mídias sociais
Da mesma forma que se planejam postagens em um blog, é preciso também ter um planejamento específico para as mídias sociais. Organizar uma agenda de postagens, criando um cronograma em que conste:
– Quantidade de publicações diárias;
– Horários das postagens;
– Conteúdos que serão oferecidos.
Utilizando essa técnica, sua página ganha valorização pelos algoritmos das redes sociais, os quais inferem que seu conteúdo e seu negócio são relevantes e oferecem qualidade para as pessoas. Em consequência, há o aumento de alcance, fazendo com que a página da empresa apareça na timeline ou no feed dos seguidores de forma mais frequente.
Imagens e identidade visual de qualidade
Em qualquer rede social, a qualidade da imagem é um fator decisivo, especialmente no caso de páginas de negócios.
Logo, fazer postagens com imagens ruins, fora de foco ou de baixa qualidade pode ser fatal. Então, antes de criar o conteúdo, recomenda-se buscar fotos de qualidade e adequadas que deem um ar de profissionalismo.
O mesmo ocorre com a identidade visual, que padroniza o conteúdo produzido.
Oferecer conteúdos relevantes para o público-alvo
A rede social torna-se uma vitrine do negócio apenas quando fornece conteúdos relevantes, por isso deve-se evitar fazer postagens apenas com intuito de vender. Lembrando que a rede social é uma mídia de relacionamento – assim, a venda ocorre como um efeito colateral da interação com a página.
Portanto, crie conteúdos educativos úteis e que ofereçam informações simples e rápidas, de forma que aumente o interesse pela marca até conseguir a fidelização do cliente.
Mostre as experiências positivas dos clientes
Ainda pensando em uma vitrine, usar as experiências e os depoimentos positivos dos clientes pode ser um excelente gatilho mental.
Ao mostrar para o público a experiência de outras pessoas com o produto ou serviço, são percebidas a aceitação e a credibilidade do que você comercializa. Assim, as pessoas passam a comprar com mais segurança e facilidade.
Faça ao menos uma postagem semanal, em vídeo ou depoimento escrito, de clientes que compraram e indicam seu produto ou serviço.
Utilize as hashtags
Usar as hashtags ajuda a direcionar o conteúdo para um “feed particular”, levando a página do seu negócio às pessoas que já estão interessadas naquilo que é oferecido. Dessa forma, a venda acontece de maneira natural, sem precisar elaborar outras estratégias.
Redes sociais são molas propulsoras
As redes sociais extrapolaram sua função original – entretenimento ou comunicação – e passaram a trabalhar para as empresas.
Isso acontece diante de um universo digital que está em constante e rápida mudança. Portanto, investir em estratégias que utilizem as redes sociais como molas propulsoras de vendas é algo imprescindível na configuração atual do varejo eletrônico.
São muitas as projeções sobre o uso das redes sociais para o aumento das vendas em 2023. A tendência é de que as vendas online continuem a crescer nos próximos anos e, cada vez mais, as pessoas sintam-se confortáveis em efetuar compras online. Consequentemente, haverá um aumento da oferta de produtos e serviços no meio digital.
Portanto, usar essa estratégia a favor do crescimento de um negócio é uma decisão assertiva que gerará resultados positivos.