O conceito de social commerce está em expansão — e você já deve ter ouvido falar sobre ele. Na prática, está crescendo porque é a mescla das mídias sociais com o comércio eletrônico. Ainda é muito cedo para apontar os limites dessa estratégia ou definir até aonde ela vai. Porém, é muito simples explicar como todo esse movimento começou: quase todo mundo está nas redes sociais.
Um grande exemplo disso é o Brasil, um dos países mais apaixonados por redes sociais. De acordo com o relatório da DataReportal, 150 milhões de brasileiros estão conectados e compartilhando informações através desses serviços — ou seja, 70% da nossa população!
Nós do e-commerce também queremos estar onde as pessoas estão, não é verdade? O cenário favorável estimulou, por exemplo, o aumento de investimento em anúncios nesses espaços, cujo crescimento foi 50,3% maior em 2020 em relação ao ano anterior, de acordo com a Socialbakers.
Por todos esses motivos, as próprias empresas responsáveis pelas redes sociais estão investindo em social commerce, oferecendo ferramentas para que essa comercialização de produtos e serviços aconteça. Essa tendência, se não ainda chegou, está se aproximando das principais redes sociais do momento. Listei abaixo alguns exemplos marcantes.
As mais novas estratégias de social commerce
Um exemplo muito interessante é o Pinterest. Essa rede social surgiu para o compartilhamento de imagens e vídeos, e agora ganhou o Pinterest Business. Por que é interessante? Nessa rede, os usuários buscam as mais diversas inspirações, seja para decorar a casa ou conhecer novos estilos de roupa.
Ou seja, é um espaço que recebe e transmite muita riqueza criativa — ideal para quem trabalha com arte, com casa e decoração. Imagine-se procurando novas formas de redesenhar a sua sala e você encontrou uma fotografia linda. Os móveis presentes nessa imagem podem estar à venda. É por isso que grandes lojas como a Magalu e a MadeiraMadeira já estão por lá.
Outra rede social gigante, que cresce a passos largos, é o chinês TikTok — que já está entre as dez mais acessadas no Brasil. Conforme publicado aqui, no próprio E-Commerce Brasil, o TikTok começou a testar compras no aplicativo. Os motivos? Na China, onde o TikTok se chama Douyin, o app alcançou US$ 26 bilhões em transações de comércio eletrônico logo no primeiro ano de operação.
O segundo motivo está no concorrente grupo Facebook, que também trabalha muito com o social commerce. Você já deve ter percebido. Entre os principais produtos do grupo — Facebook, Instagram e WhatsApp -, hoje oferece inúmeras possibilidades que convergem para o Social Commerce, como o Marketplace do Facebook, o Facebook Shop, além do Instagram Shop e do WhatsApp Business.
Além dessas investidas que estão envolvendo o público brasileiro, outro fator que está contribuindo para esse crescimento, na minha opinião, está nos meios de pagamento. Hoje é muito fácil fazer pagamentos e transferir valores, inclusive de usuário para usuário, o que também beneficia os vendedores de qualquer tamanho.
Além de carteiras virtuais, como o PayPal, os apps para transações financeiras ficaram mais populares, como o Picpay; também chegou o Pix, lançado recentemente pelo Banco Central do Brasil; além do desembarque do WhatsApp Pay em terras brasileiras, que permite o envio e o recebimento de dinheiro dentro do WhatsApp — o mais popular do país.
Os efeitos mais visíveis
Há muito espaço para interpretar e listar quais são os principais benefícios relacionados à crescente mistura de rede social com e-commerce. Eu destaco dois: um é o marketing de conteúdo, que é um importante instrumento para o nosso trabalho na internet. A relevância dessa estratégia ganhou ainda mais respaldo com o social commerce.
Afinal, o marketing de conteúdo já é utilizado há muito tempo nas redes sociais para atrair, converter e reter clientes em potencial. Consumimos conteúdo o tempo inteiro. Os influenciadores digitais, que podem compor uma robusta estratégia de marketing, também ganham esse crescimento. Afinal, é sabido que suas avaliações de produtos contribuem para a decisão de compra.
O outro benefício está em outro conceito: live commerce. É uma estratégia que também ocorre nas redes sociais e consiste na realização de transmissões ao vivo, nas quais são feitas para criar um ambiente favorável para alavancar as vendas. Quer saber se uma estratégia está crescendo? Observe os gigantes. O Facebook lançou em 2021 uma série de eventos intitulada Live Shopping Fridays.
Portanto, vendedores, se vocês ainda não estão nas redes sociais, o tempo urge! Destaco que o social commerce é uma ótima alternativa também para quem está dando os primeiros passos no e-commerce. É hora de explorar o marketing de conteúdo, a interação entre os usuários e as ferramentas oferecidas pelas redes sociais para ter mais um canal de vendas, conectando para gerar oportunidade.