O mundo pós-pandemia será marcado por muitas mudanças e com os e-commerces não será diferente. O comércio online atingiu resultados surpreendentes e inesperados no último ano, tendências que já eram observadas – e pouco exploradas – entre lojas e consumidores online, ganharam espaço e, provavelmente, esses avanços continuarão no pós-pandemia.
Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Criteo, especialista em Marketing Digital, 56% dos consumidores brasileiros passaram a fazer compras online em 2020 e desse contingente, 67% pretendem manter esse hábito no pós-pandemia.
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O conforto de realizar compras e recebê-las em casa era o grande atrativo dos comércios eletrônicos, com o COVID-19, o conforto se tornou um atendimento às necessidades que surgiram com o isolamento social.
Como o e-commerce se desenvolveu durante a pandemia
Com decretos por todo o país determinando o fechamento de grande parte dos comércios, os lojistas partiram em busca de novos métodos. A venda online deixou de ser uma opção de canal de venda e tornou-se a única opção.
O Brasil registrou um aumento de 400% (50 mil aberturas) no número de lojas que se adaptaram ao comércio eletrônico por mês durante o período da quarentena, superando a média que anteriormente era de 10 mil aberturas mensais.
O grande medo dos comerciantes era que a demanda não fosse capaz de acompanhar o aumento de novos negócios e a transição de ofertas físicas para o mundo online, mas para alívio dos mesmo, isso não ocorreu. O NuvemShop realizou um estudo que mostra o desenvolvimento do e-commerce na pandemia e, a busca por lojas online teve um aumento excepcional de 64% nas principais plataformas de e-commerce.
Essa porcentagem não se refere apenas a consumidores que fazem buscas online, também representa os colaboradores que perderam seus empregos e empresas que ainda não faziam o uso de canais online.
Os setores que mais cresceram durante a pandemia foram:
- Calçados – 99,44%;
- Bebidas – 78,90%;
- Eletrodomésticos – 49,29%;
- Autopeças – 44,64%;
- Supermercado – 38,92%;
- Artigos Esportivos – 25,75%;
- Móveis e Decoração – 23,61%;
- Moda (18,38%).
É claro que, com isso, a concorrência se tornou maior. Conhecer a fundo a necessidade dos consumidores, estar presente nas redes sociais, ter um bom processo logístico, um bom atendimento e acima de tudo, transmitir confiança, foram obrigatoriedade para se dar bem.
Em compensação, a oportunidade de fidelizar clientes surgiu. O consumidor também passou a ser mais exigente, por isso, passar uma boa experiência de forma completa, aumentou o valor de vários negócios e fez com que clientes fossem conquistados.
Uma coisa é fato: a resposta para a crise foi o mercado digital. Lojas virtuais são muito mais do que marcar presença na internet. Um e-commerce é muito mais do que a venda, interagir com o cliente, ter mais leads virando oportunidades, estar em um ambiente altamente abrangente, tudo isso gera relevância e solidez ao seu negócio.
O que esperar do pós-pandemia
Antigamente o desejo dos consumidores se limitava ao que era oferecido pelas lojas, atualmente esse processo funciona de forma inversa: os desejos dos consumidores são apresentados e cabe aos empreendedores acompanhar.
Com novos comportamentos de consumo e muito espaço para os comerciantes no ambiente online, a expectativa é que esse crescimento seja contínuo. Dessa forma, é preciso estar sempre atualizado. Confira algumas tendências para o e-commerce no pós-pandemia:
Buscas Dinâmicas
As buscas por comandos de voz e vídeos demonstrativos ganharam mais espaço nas lojas virtuais. Uma das exigências – não só para o pós-pandemia – é adaptar os mecanismos de busca por voz nas lojas online.
Além disso, vídeos com demonstração de uso de produtos, ou mesmo o famoso “faça você mesmo”, prometem tornar as compras mais interativas e focadas nas reais necessidades do cliente.
O Omnichannel
O cliente já espera experiência e fluidez tanto nos canais offline quanto online, as diferenças deixaram de ser importantes. O omnichannel permite exatamente isso, retomar as vendas com um novo posicionamento e uma transformação profunda no relacionamento com o cliente.
É possível proporcionar uma experiência diferenciada aos consumidores, garantindo qualidade nas interações com a marca e fidelização em decorrência da praticidade e personalização.
Além disso, a estratégia vai de encontro com uma comunicação corporativa centralizada, facilitando a transmissão dos valores da marca e aumentando o engajamento dos clientes em ações e campanhas.
Big Data
Milhares de dados são gerados a todo instante na internet e esses dados podem ser utilizados de forma favorável para um negócio. A melhor estratégia gira em torno de descobrir quem é o seu cliente e isso só é possível por meio da análise de dados.
O big data, aliado ao B.I. (business inteligence), leva a decisão de negócios mais inteligentes, operações mais eficientes, maiores lucros e clientes mais satisfeitos.
A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)
O LGPD traz consigo o desafio da adequação, mas consolida uma mudança na cultura e beneficia a todos. Além disso, o LGDP não inviabiliza o uso do Big Data, na verdade, a lei protege as pessoas físicas do uso indevido dos seus dados, garantindo, principalmente, a privacidade, dando o poder às pessoas de saberem para que seus dados estão sendo utilizados.
A lei entra em vigência plena a partir do dia 1 de agosto de 2021, por isso, é importante desde já adaptar os processos às novas obrigações, evitando sanções que podem ser aplicadas por irregularidades.
O Processo Logístico Perfeito
Ferramentas de apoio logístico devem se consolidar. Isso porque os clientes querem cada vez mais informações sobre o caminho de entrega dos seus objetos.
Com a concorrência em alta, não custa nada para o consumidor abrir uma nova aba no seu navegador, acessar o site da concorrência e comprar o produto desejado por lá. Levando isso em consideração, parcerias, racionalização de custos e tecnologias de otimização devem ser primordiais para os vendedores.
O controle de todos os envios/pedidos feitos por um e-commerce durante um dia de operação, seguido do feedback pontual concedido ao processo e ao consumidor final (o principal beneficiado com tudo isso), será cada vez mais necessário para se manter num mercado que está em constante desenvolvimento.
A Pré Postagem é o que há de mais atual e moderno no controle e incremento de processos logísticos, sem um bom sistema para dar suporte e escoar todo esse fluxo de informação, torna-se inviável competir com grandes players do mercado.