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642 dias no mar: a sede de construir negócios, memórias e experiências autênticas com Amyr Klink

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Flexibilidade, dificuldades e planejamento são algumas das palavras chave que descrevem o conteúdo de Amyr Klink no Congresso Indústria Digital 2024. O navegador e empreendedor constrói uma narrativa emocionante sobre a travessia pelos oceanos e conecta a realidade aquosa com a transformação digital

“No Brasil gostamos dos exemplos de sucesso, mas no mar aprendemos muito com os erros dos outros”, declara Klink. Contando a história de uma dupla de remadores que decidiram ir dos EUA a Inglaterra, o navegador explica que estudou porque a travessia dos americanos deu errado. 

O fracasso não se deu por conta das ondas de quinze metros, das tempestades ou da exaustão física. Os problemas foram, na verdade, ‘erros infantis’: problemas de rotas, materiais e planejamento

A partir disso, Klink desenvolveu um dossiê com todas as informações que poderiam ser melhoradas – novas técnicas, matérias, estruturação de rota, etc. A conclusão dele foi simples: cruzar o Atlântico Sul era possível. 

Amyr Klink no Congresso Indústria Digital 2024
Amyr Klink, navegador e empreendedor, no Congresso Indústria Digital 2024 (Imagem: Carol Guasti/E-Commerce Brasil)

“O objetivo não era ser o primeiro a cruzar o Atlântico sul, enfrentar o mar ou realizar o sonho da vida. O objetivo era chegar na praia da Espera”, declara.

Em um projeto de longo prazo, não é possível esperar que as condições sejam favoráveis. Em 119 dias – o plano de Klink para cruzar o Atlântico Sul – não é possível contar com a sorte, planejar todas as evoluções e obstáculos. As pessoas (e empresas) precisam ser capazes de se adaptar. 

“Eu estava feliz. Não porque cheguei, mas porque eu tinha um plano e cumpri com ele”. O mundo digital tem muitas possibilidades não imaginadas e as pessoas são capazes de muito mais do que imaginam, explica o navegador. 

Foi, preso no gelo da Baía Dorian, que o navegador descobriu que as pessoas são muito mais do que a soma de todos os esforços em conjunto: as pessoas são o produto. E o mundo digital permite que as pessoas transformem o risco das ações no objetivo, assumindo (com um frio na barriga) o protagonismo das ações.

O foco do mundo atual, não deve ser encontrar soluções tecnológicas complexas, mas investir em soluções simples. Os consumidores, segundo o empreendedor, buscam por experiências autênticas e o mundo digital permite que as marcas explorem isso. 

“Não sabemos o caminho, mas sabemos onde queremos chegar”, finaliza Klink.