Com o prazo final para a venda do TikTok se aproximando, novos interessados entram na disputa pela plataforma de vídeos curtos. Na lista de interessados mais notáveis, está a Amazon. A plataforma chinesa tem até 5 de abril para encontrar um comprador não chinês, sob risco de ser banida dos EUA.

Entre as alegações do governo norte-americano, que tentou este movimento pela primeira vez mais cedo no ano, está uma preocupação com segurança nacional. Isso porque, na visão dos líderes do país, a controladora do TikTok, ByteDance, tem ligações diretas com o governo chinês. Ambas negam.
Ainda segundo autoridades de Washington, este “controle” da China pelo aplicativo pode servir para usá-lo em espionagem e manipulação de opinião nos EUA.
Oferta da Amazon
Um integrante do governo americano confirmou, nesta quarta-feira (2), que a Amazon enviou uma carta a JD Vance, vice-presidente dos EUA, e a Howard Lutnick, secretário do Departamento de Comércio, manifestando interesse na aquisição. Até o momento, nenhuma das partes comentou sobre o assunto.
Segundo a Reuters, a Casa Branca conduz as negociações para estruturar uma entidade do país para o TikTok, garantindo que a participação chinesa fique abaixo do limite de 20%, conforme exigido pela legislação do país. O New York Times relatou pela primeira vez o interesse da Amazon, mas fontes envolvidas nas tratativas demonstram ceticismo em relação à oferta.
Interesse antigo
A Amazon busca há anos expandir sua presença no setor de redes sociais como estratégia para ampliar vendas e atrair o público jovem. Em 2014, a companhia adquiriu a plataforma de transmissões ao vivo Twitch por quase US$ 1 bilhão e, em 2013, comprou o Goodreads, site de resenhas de livros. Mais recentemente, lançou e testou um feed de fotos e vídeos curtos semelhante ao TikTok, chamado Inspire, descontinuado no início deste ano.
No mês passado, o ex-presidente Donald Trump afirmou que seu governo estava em contato com quatro grupos interessados na aquisição do TikTok, sem revelar os nomes.
Outros concorrentes
A startup Zoop, liderada por Tim Stokely, se uniu a uma fundação de criptomoedas para apresentar uma proposta avançada de compra, segundo a Reuters. Já a Blackstone está em discussões com investidores não chineses da ByteDance, como Susquehanna International Group e General Atlantic, para levantar capital e fazer uma oferta.
A Andreessen Horowitz, empresa de capital de risco, também negocia financiamento para apoiar uma proposta de compra liderada pela Oracle e outros investidores americanos, com o objetivo de separar o TikTok da ByteDance. A informação foi divulgada pelo Financial Times.
O futuro do TikTok nos EUA segue indefinido desde que uma lei aprovada em 2024 determinou que a ByteDance deve vender a plataforma até 19 de janeiro para evitar sua proibição no país.
*Com informações da Reuters
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