A Amazon é responsável por um quinto do mercado de entregas nos Estados Unidos e ocupa a terceira colocação no ranking de serviços de correio, ultrapassando o FedEx. A empresa só fica atrás da UPS e do Serviço Postal do país. Em 2014, a varejista realizava uma média de 0,2% das entregas. Os dados são da empresa de logística Pitney Bowes.
Em seus primeiros anos de operação, a Amazon dependia de outras companhias, como a própria FedEx e a UPS, para a entrega de encomendas. Isso mudou em 2013, quando varejista passou por uma temporada natalina desastrosa, com atrasos generalizados causados pela sobrecarga dos serviços postais americanos.
Naquele ano, a empresa decidiu investir em um centro próprio de distribuição e infraestrutura para entrega. Desde então, vem substituindo cada vez mais a operação terceirizada por uma logística própria, segundo a Época Negócios.
Atualmente, a divisão de entrega da Amazon (Amazon Logistics) atende dois terços da demanda de seu e-commerce. E o investimento não para, com a compra de aviões de carga, inauguração de instalações de manuseio e contratação de novos motoristas e funcionários em depósitos.
De acordo com a publicação, o foco tem sido a entrega de pacotes vendidos pela própria Amazon, mas seu crescimento explosivo indica uma possível entrada no mercado de courier. Segundo o site Quartz, especialistas do Morgan Stanley acreditam que ela lançará nos próximos meses um serviço próprio nos Estados Unidos, pressionando o segmento a adotar entregas rápidas, assim como fez a companhia criada por Jeff Bezos.
Assim, a gigante norte-americana do comércio poderá oferecer seu serviço para outras empresas, o que deve alavancar bilhões de dólares em investimentos internos em logística.
Em termos de receita, a Amazon Logistics ainda não conseguiu alcançar seus rivais. Ela coleta cerca de US$ 4,28 para cada pacote que entrega, em comparação ao valor de US$ 12,19 do UPS e US$ 17,95 do FedEx, de acordo com a análise do Quartz.
No entanto, essa realidade pode mudar, já que a divisão é subsidiada pela própria Amazon, permitindo que os preços sejam mais baixos para si própria e mais altos para clientes externos, o que gera mais lucros.
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Fonte: Época Negócios