A Americanas deve focar sua expansão de lojas para o Nordeste do país e Centro-Oeste, o segundo em menor número. A ideia é trabalhar com o que, hoje, é o principal público consumidor, segundo a gestão atual. A afirmação é de Leonardo Coelho, presidente-executivo da companhia.
A Americanas divulgou o primeiro resultado trimestral após pagar dívida da maioria de seus credores no âmbito de seu plano de recuperação judicial, encerrou setembro com um parque de 1.601 lojas ante 1.678 um ano antes.
“Estamos em parte final de seleção de algumas localidades para abertura de lojas”, disse o executivo em conferência com analistas após a publicação do balanço trimestral.
Questionado posteriormente durante entrevista à Reuters, Coelho afirmou que, atualmente, a região na qual a empresa tem mais vendas é o Nordeste.
“É uma região que talvez a gente tenha negligenciado um pouquinho no passado recente, sob a ótica de escolha de pontos. Os dados nesse momento mostram que Nordeste, e talvez o Centro-Oeste, sejam caminhos onde a gente tem a capacidade de crescer mais rapidamente”, diz o executivo.
Coelho preferiu não citar um número de novas aberturas de lojas após encerrar o terceiro trimestre com 21 fechamentos. Segundo ele, a gestão anterior, alvo de acusações envolvendo o escândalo contábil bilionário que obrigou o grupo a dar entrada com pedido de recuperação judicial no início do ano passado, “foi pouco analítica” nas decisões sobre abertura de lojas.
“Aprendendo um pouquinho com o passado, a gente vai abrir algumas poucas lojas num primeiro momento e testar o conceito, testar o fluxo”, disse o presidente da Americanas na entrevista à Reuters. “Funcionou, aí a gente vai acelerar mais um pouquinho. Funcionou, aí a gente vai e acelera com tudo”, acrescentou citando que a empresa vai começar a fazer os testes nos próximos meses com a abertura de “algumas lojas”.