Arezzo compra Reserva por R$ 715 milhões e mantém dinheiro em caixa
A Arezzo anunciou na sexta-feira (23) a compra da Reserva. A negociação envolveu o pagamento à vista de R$ 175 milhões e mais R$ 50 milhões daqui um ano. Os outros R$ 490 milhões serão pagos em ações. A compra soma assim R$ 715 milhões.
A empresa diz que o financiamento foi feito pelo próprio caixa da companhia, sem a necessidade de contrair uma nova dívida. Assim, segundo a diretora de Relações com Investidores da companhia, Aline Penna, "há colchão para outros movimentos que não devem ser dessa magnitude". De acordo com dados do segundo trimestre deste ano, a companhia teria cerca de R$ 500 milhões em caixa, o que dá e sobra para arcar com esse primeiro pagamento.
O presidente da Arezzo, Alexandre Birman, disse ao Broadcast Estadão que o movimento se trata de uma incorporação e da criação de um novo braço. A Reserva passa a se chamar Ar&Co e os executivos do primeiro escalão têm lugar cativo na companhia. "Tecnicamente é uma compra, mas, de fato, não é. Porque os gestores, fundadores e sócios são automaticamente sócios e líderes da Arezzo&Co. Com autonomia grande no vestuário e no lifestyle", disse ao Broadcast.
Dentre os planos para o novo núcleo está expandir o modelo de franquias para as marcas da Reserva. "A geração de caixa faz parte do nosso modelo de negócios. Não precisamos de capital intensivo para crescimento. Isso a gente pretende manter e adicionar através de crescimento de franquias no grupo Reserva", disse Birman.
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