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BNPL deve ultrapassar boleto e se tornar 3° método preferido para comprar no e-commerce

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Várias sacolas coloridas - rosa, azul, amarelo e com bolinhas - em cima de mesa e em frente a fundo marrom
Imagem: reprodução

Cada vez mais popular, o método Buy Now Pay Later (BNPL) ganha popularidade entre os consumidores e deve ultrapassar o boleto bancário, sendo classificado como a terceira forma de pagamento mais aceita no e-commerce. Os dados são fruto do estudo da Pagaleve e consultoria GMattos.

O levantamento aponta que os pagamentos tradicionais – o cartão de crédito sendo o mais mencionado – não atendem uma parte relevante da população que busca por opções de parcelamento sem a necessidade de cartão. Atualmente, mais de 38% dos brasileiros não têm acesso a cartão de crédito. 

Pagaleve estudo sobre BNPL, gráfico com comparação entre boleto e pix
Imagem: reprodução

Quando se trata da diferença entre as preferências dos consumidores com relação aos pagamentos, o BNPL aparece em 4° lugar e o boleto em 3°. O estudo declara que em julho de 2022, a diferença entre os dois métodos era de mais de 60 p.p. Já em maio de 2024 a distância fechou em 17,5 pontos percentuais. 

Pagaleve estudo sobre BNPL, gráfico aceitação dos meios de pagamentos digitais
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Ademais, desde o início da medição, a aceitação online do BNPL atingiu o maior valor histórico de 42,4% em maio deste ano. 

Transações negadas

Porém, mesmo frente ao crescimento do BNPL há uma desaceleração das vendas online. No período de 2019 a 2022 o aumento médio anual das vendas digitais foi de 20%; em 2023 a porcentagem foi de 13% – com previsões de queda para os próximos anos. 

Segundo o estudo, somente em 2023, as transações negadas geraram um volume perdido na casa de R$ 200 bilhões.  Além do mais, nos últimos 5 anos, a cadeia de pagamentos deixou de aprovar mais de R$ 700 bilhões de compradores com limite suficiente para as compras. 

Pagaleve estudo sobre BNPL, gráfico de transações negadas por anti fraude
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Henrique Weaver, CEO e cofundador da Pagaleve, detalhou que: “a adoção firme do BNPL através do Pix Parcelado é fundamental. Isso não só visa aumentar as vendas, mas também reduzir as rejeições indevidas, reforçando a competitividade em um ambiente econômico desafiador”.

O principal motivo da redução no uso do cartão de crédito nas compras online é por conta da rejeição excessiva, explica o CEO. A conversão média nas compras presenciais é de 95% contra 70% nas compras do e-commerce, aponta a pesquisa.

Pagaleve estudo sobre BNPL, gráfico de conversão em lojas físicas vs. e-commerces
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E o futuro do e-commerce?

Frente a desaceleração do mercado digital, de acordo com o estudo, a conversão do carrinho deve ser cada vez mais valorizada pelos lojistas. Promover o uso de diferentes métodos de pagamento é uma oportunidade apontada pela empresa, o pix se destaca com 90% de conversão média no carrinho. 

Pagaleve estudo sobre BNPL, gráfico de parcelas dos consumidores que preferem comprar parcelado
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Aparecendo como um fator relevante entre os consumidores, os planos de parcelamento via cartão apresentaram oscilações. A oportunidade de parcelar em 10 vezes diminuiu sua aderência entre os consumidores, enquanto os planos de 3 e 6 vezes cresceram. 

Oferecer descontos para pagamentos à vista no cartão manteve sua estabilidade em 8,5% das lojas. Porém, 29% das lojas passaram a ofertar opções de parcelamento com juros no cartão – em março de 2024 a porcentagem era de 24% e em setembro de 2023 o valor ficou em 15%. 

Pagaleve estudo sobre BNPL, gráfico de lojas que oferecem parcelamento de compras
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“A redução na oferta de parcelamentos sem juros em prazos mais curtos pode indicar uma estratégia de gestão de fluxo de caixa por parte das lojas, buscando equilibrar custos operacionais com a manutenção da competitividade. Por outro lado, o aumento nas opções de parcelamento com juros pode estar sendo impulsionado pela necessidade de garantir margens de lucro diante de um cenário econômico desafiador”, conclui o executivo.