O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negou, na quarta-feira (6), pedido apresentado por uma das conselheiras de nova análise da operação de compra do Hortifruti Natural da Terra pela Americanas. Com isso, foi mantida a aprovação da operação, sem restrições, que havia sido dada pela Superintendência-Geral do Cade no dia 17 de setembro.
Pelas regras do Cade, a Superintendência-Geral do Cade pode aprovar operações que entenda não oferecer riscos à concorrência. Um conselheiro, no entanto, pode apresentar despacho pedindo para que o caso “suba” para o tribunal e seja analisado pelos conselheiros também.
Foi o que fez na quarta-feira a conselheira Paula Azevedo. Mas, para que o caso seja reaberto, a maioria do tribunal tem que concordar. No julgamento desta quarta, porém, os conselheiros entenderam que não havia necessidade de reanalisar a operação, mantendo, assim, a decisão da superintendência.
Em agosto, a Americanas comunicou a aquisição de 100% das ações da Hortifruti Natural da Terra, maior rede varejista especializada em produtos frescos, com 73 lojas espalhadas em quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
O negócio será firmado mediante o pagamento de R$ 2,1 bilhões, condicionado aos ajustes usuais apurados no fechamento da transação. Nos últimos 12 meses, terminados em 30 de junho de 2021, a Natural da Terra apresentou uma receita bruta de R$ 2 bilhões e uma margem Ebitda de 12%, reflexos de um modelo de negócios focado em produtos frescos, que visa garantir maiores vendas e margens.
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