Estudo realizado pela empresa Precifica apontou queda no preço da cesta básica em São Paulo. Através do monitoramento de preços no e-commerce a empresa concluiu um declínio de 6,98% em agosto, passando de R$ 735,11 para R$ 683,80.
A análise contou com um total de 13 itens em cinco plataformas supermercadistas na região metropolitana. Segundo a companhia, o tomate foi responsável pela diminuição observada, pois sofreu uma queda recorde de 24,5%.
Os itens mencionados no estudo são os mesmos considerados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com duas diferenças: sal refinado e pão francês. O sal está presente na avaliação da Precifica, que não leva em consideração o pão, enquanto a Dieese avalia o pão, porém não o sal.
O papel da inflação
Após uma sequência de altas, a inflação apresentou uma segunda queda consecutiva. A priori os seguintes valores foram observados: junho (2,85%), maio (6,57%), abril (1,45%) e março (8,40%). A primeira queda ocorreu em julho, no valor de 1,98%.
Ademais, o IPCA-15 apresentou um aumento de 0,28% em agosto na média nacional e um crescimento de 0,27% somente em São Paulo. Uma segunda queda, no valor de 0,65%, também foi observada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na categoria de “alimentação e bebidas”.
Vale ressaltar que, a análise realizada pela Precifica – focada nos e-commerces da grande São Paulo – é diferente do índice oficial avaliado pelo IBGE. Isso ocorre, pois as análises do instituto consideram produtos e serviços diversos, além de incluir preços de estabelecimentos físicos e digitais.
“Mesmo com as diferenças entre a nossa pesquisa e a IPCA-15, é importante enfatizar que existe um ponto de convergência, que é o preço dos alimentos, pois as duas apresentaram redução dentro desse recorte”, comentou Ricardo Ramos, CEO da Precifica.
O único item que apresentou aumento de preço em agosto foi a banana, com uma alta de 6,4%. Como destaques em redução do valor a pesquisa mencionou: farinha de trigo (-16,2%), batata (-14,7%), óleo de soja (-12,0%), feijão carioca (- 9,1%) e carne bovina (- 6,0%).
Finalizando, Ramos ressaltou: “como os preços se comportam de forma diferente em cada região do país, é imprescindível que os varejistas adotem soluções de pricing, principalmente as baseadas em inteligência artificial. Elas auxiliam as lojas virtuais a oferecerem produtos com preços adequados a cada lugar do Brasil e fazem o acompanhamento da evolução deles”.