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Como trabalhar com influenciadores digitais em tempos de pandemia?

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Com a pandemia de coronavírus, o papel de influenciadores digitais tomou outro rumo, mas continua sendo uma forma de engajar a marca perante consumidores mais ligados a propósitos, segundo Pedro Alvim, Marketing Manager do Magazine Luiza. “Investir em marketing de influência é um investimento de alto risco porque estamos lidando com pessoas, opiniões e posicionamentos. É importante entender as possibilidade de trabalhar com eles e não vê-los só como mídia”, aconselha.

Alvim explicou, durante a Conferência E-Commerce Brasil Paraná, nesta terça-feira (22), que o criador de conteúdo é um tradutor de objetivos e negócios da marca para as comunidades deles. “A melhor forma de falar com a comunidade gamer, por exemplo, é através de um creator gamer. Decodificar seus objetivos de negócios é um dos principais papéis do influenciador, pois ele cria pontes entre as marcas e a comunidade. O influenciador é uma autoridade para aquela audiência e chega onde a marca não consegue”.

Segundo o gerente de marketing, há quatro principais formas de se trabalhar com influenciadores:

  • Producers: quando o influenciador colabora produzindo conteúdo para a marca.
  • Espaço de veiculação: é a forma mais comum, que é quando o influenciador mostra o produto em suas redes sociais.
  • Ghost writers: alguns influenciadores podem colaborar escrevendo por trás da marca, especialmente quando o conteúdo exige nível grande de especificidade. Exemplo: conteúdo de tecnologia.
  • Consultores: os influenciadores podem atuar dando consultoria para as marcas.

Cuidados na hora de contratar influenciador

Assim como em todas as frentes do negócio, é importante tomar cuidado na hora de contratar um influenciador, aconselha Alvim, e uma das formas de se fazer isso é através do deepdive. “É vasculhar o passado do creator para preservar a reputação da sua marca. Vivemos o momento em que a “cultura de cancelamento” está em voga nas redes sociais, especialmente no Twitter. Cada vez mais é importante considerar seus valores na tomada de decisão, ainda mais no contexto de Covid-19, em que diversos influenciadores foram cancelados porque tomaram atitudes que não tinham nada a ver com o isolamento”, afirma.

Ainda de acordo com Alvim, é necessário dar liberdade criativa ao influenciador, pois ele conhece o público mais do que a marca, além de estudar a linguagem e editoria. “É uma forma de ser mais assertivo e garantir a pertinência. Para o especialista, essas dicas também servem para os influenciadores. “O influenciador precisa ter em mente que sua imagem é seu negócio, e a própria comunidade vai cobrar isso tanto dele quanto da marca”, diz.

Influenciadores com grande engajamento

Alvim relata que um nicho que cresce em número de engajamento é o de nanoinfluenciadores. “Os nanoinfluenciadores possuem forte conexão com a comunidade e maior envolvimento com a marca. Eles são mais autênticos, mais “pessoas de verdade” e não celebridades, não têm medo de mostrar vulnerabilidade e abraçam e vivenciam causas”, defende.

“As pessoas passaram a ter mais consciência de consumo, de onde e o que consumir, e isso se refletiu em todas as todas as plataformas e redes sociais. Por isso, é tão importante que as marcas assumam posicionamentos de questões sociais no país. As empresas precisam compreender que é necessário conhecer e gostar de pessoas porque estamos construindo comunidades”, finaliza.

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Por Dinalva Fernandes, da redação do E-Commerce Brasil