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Compras online com cartão de crédito crescem 23,2% no 1º trimestre

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

As compras online feitas com cartão de crédito apresentaram aumento de 23,2% no primeiro trimestre, representando 29% do volume transacionado com cartões, cerca de R$ 87 bilhões. Já as compras gerais com cartão aumentaram 14,1% no primeiro trimestre de 2020, com um volume transacionado de R$ 475,7 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

“Considerando apenas compras não presenciais, o ticket médio abaixou para R$ 93,80 devido a diversificação encontrada nas vendas online”, disse Pedro Coutinho, diretor presidente da Abecs.

Considerando apenas março, a alta foi de 10,5%. “A tendência é que esse segmento volte a atingir um patamar mais elevado de crescimento nos meses seguintes, dada a manutenção das políticas de isolamento social”, afirmou Coutinho.

O pagamento por aproximação, por meio da tecnologia conhecida como NFC, apresentou aumento de 456% e movimentou R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre. “A Covid-19 vai aumentar o uso dessa modalidade devido ao novo comportamento de distanciamento”, acredita Coutinho.

O presidente da Abecs afirmou que a entidade avalia aumentar o limite para esse tipo de transação, que hoje é de R$ 50: “Nossa proposta é que cada emissor defina seu limite, que não precisará ser os R$ 50 padronizados na indústria. As adquirentes terão a possibilidade de aprovar a transação de acordo com o valor definido pelo emissor”, explicou o executivo.

Uma reunião nesta quarta deve discutir qual será a faixa de limite praticada pelos emissores da indústria, segundo reportagem do InfoMoney.

Ricardo Vieira, diretor executivo da Abecs, disse que não houve aumento nos casos de fraude por meio desse sistema de pagamento durante a pandemia, segundo estudos feitos pelas bandeiras de cartões. “Mas essa solução é complexa e estamos construindo a ideia já que dessa maneira proposta por nós não haveria uma padronização na ponta”, explicou.

Alta na pandemia

A alta acontece mesmo em meio à crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. No total, os brasileiros fizeram 5,8 bilhões de transações utilizando cartões no primeiro trimestre.

“Vínhamos com um crescimento de 19% no último trimestre e agora tivemos uma queda, mas ainda assim foi um aumento significativo, dado o momento de pandemia. Em relação ao cartão de crédito, houve um aumento de 14,1% no volume transacionado para R$ 297,7 bilhões no primeiro trimestre e no cartão de débito, o aumento foi de 12,5% para R$ 170,8 bilhões”, explicou Coutinho.

A modalidade de cartão pré-pago subiu 78,9%, com um volume transacionado de R$ 7,1 bilhões no primeiro trimestre. A região Sudeste, que tem a maior participação no mercado de cartões (65,6%), foi a que apresentou a maior variação em comparação ao primeiro trimestre de 2019: aumento de 18% no volume transacionado, subindo para R$ 186,2 bilhões.

Dado o cenário de quarentena, os gastos do brasileiros no exterior diminuíram 21,1% no primeiro trimestre, principalmente na Ásia (-53,6%), seguida por América Latina e Central (-49%), EUA (-47,6) e Europa (-44,6%).

Crédito na pandemia

O mês de março foi desafiador para a indústria dada a chegada da pandemia. Foi registrado um aumento de 3,4% no volume transacionado (R$ 146,6 bilhões), a menor variação desde o início da série analisada pela Abecs em 2007.

As vendas no varejo em março apresentaram queda de 2,6%, ante uma alta de 8,7% em fevereiro. O setor de serviços interrompeu uma sequência de variações positivas de 21 meses (desde junho de 2018), caindo -1,1% em março, na comparação com o mesmo período de 2019.

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As informações do InfoMoney