A confiança do consumidor brasileiro aumentou pelo quarto mês consecutivo em setembro, impulsionada por melhores expectativas para os próximos meses, apesar de uma leve piora na avaliação da situação atual. Os dados foram divulgados na terça-feira (24) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 0,5 ponto, atingindo 93,7 pontos em setembro, após um avanço de 0,3 ponto em agosto.
“A confiança do consumidor tem subido gradualmente desde junho, com destaque para as expectativas positivas em relação ao futuro. No entanto, em setembro, houve uma leve piora nas percepções sobre o momento atual”, explicou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
O Índice de Expectativas (IE), que reflete o otimismo em relação aos próximos meses, teve alta de 0,8 ponto, alcançando 102,2 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,2 ponto, marcando 81,7 pontos, interrompendo uma sequência de quatro meses sem quedas.
O principal fator para o aumento na confiança dos consumidores foi o crescimento no componente que mede o ímpeto de compra de bens duráveis, que subiu 2,3 pontos, chegando a 90,1, o maior nível desde fevereiro deste ano.
Por outro lado, a percepção sobre as finanças pessoais das famílias apresentou queda de 0,8 ponto, atingindo 69,9, o nível mais baixo desde maio.
“A atividade econômica doméstica tem sido um fator de resiliência, sustentando a melhora na confiança do consumidor. No entanto, o ritmo lento da recuperação reflete a fragilidade na percepção das finanças pessoais”, concluiu Gouveia.