O estudo da Publicis Commerce “2023 Review & 2024 Trends” traz uma resumo do que foi previsto como tendência em 2023, seus resultados e uma o que esperar em 2024. Baseado em dados da eMarketer sobre o comércio eletrônico nos EUA, o relatório também mostra tendências para este ano focadas no comportamento do consumidor.
De acordo com o relatório, 2023 foi “o ano do aperfeiçoamento”, que serviu para os varejistas colocarem em prática aquilo que aprenderam no ano anterior. Entre as previsões para o ano e os resultados obtidos, estavam:
– U$ 1.177 trilhões de vendas no varejo eletrônico previstas para 2023, alcançando o resultado de U$ 1.137 trilhões de vendas;
– Projeção de 12,1% de crescimento em relação ao ano anterior, atingindo 9,3% de crescimento em 2023;
– 218,8 milhões de compradores online previstos, conquistando 218.1 milhões de consumidores em 2023.
O que funcionou em 2023
Sobre os resultados das tendências de 2023, o estudo apontou aquelas que foram um sucesso e as que não atingiram grandes resultados. As compras através de redes sociais da Geração Z, a autenticidade do conteúdo e uso de Inteligência Artificial foram previsões acertadas, pois de acordo com os dados:
– 42% dos consumidores dos EUA desde 2022 passaram a pesquisar produtos por meio do TikTok;
– Foi 3,5 vezes maior o gasto com conteúdo patrocinado do que os gastos com anúncios sociais em 2023;
– 66% dos publicitários viram um ROI positivo nos investimentos de IA em 2023;
As tendências que não deram tão certo
Já entre as tendências que “não engajaram” tanto os consumidores dos EUA, a Publicis Commerce destacou o Live Commerce, o DTC (Direct to Consumer) e as compras por voz. De acordo com os relatório:
– Houve uma diminuição de 7,6% nas taxas de crescimento dos gastos com publicidade em 2023 em comparação com 2022 para call centers e assistência por voz;
– Apenas 11% de audiência nas transmissões ao vivo da Geração Z em todos os canais digitais;
– Investimento de apenas 19,7% em mídia para o varejo DTC em 2023, pois na convergência com as redes sociais ele se torna menos necessário e nem todas marcas conseguem oferecer seu próprio atendimento.
2024: o ano do consumo
Depois da “nebulosa” economia em 2023, em 2024 se espera que as coisas fiquem mais claras. O levantamento aponta que as Olimpíadas de Paris, eleições nos EUA e a Eurocopa pretendem aumentar em 4,7% a os gastos com publicidade nos EUA. Além disso, o estudo também indicou que já é possível saber quais são os canais de compra preferidos pelos consumidores, como por exemplo, a Geração Z, que tem optado pelo Social Commerce.
O que está previsto para este ano:
– Volume de U$ 1.256 de vendas no varejo eletrônico em 2024;
– Crescimento de 10.5% ao ano;
– Estimativa de 222.1 milhões de compradores on-line.
De olho nas tendências para o ano
A análise também apontou quais serão os principais canais de compra, como será o comportamento do consumidor, ao quê ele dará atenção e quais serão as expectativas para as compras em 2024.
Quais serão os principais canais de consumo?
Social Commerce
Impulsionado por novos recursos de plataformas como TikTok Shop e anúncios da Amazon integrados ao Pinterest, a previsão é de 23,5% de crescimento em 2024 no mercado estadunidense. O aumento é principalmente motivado pela crescente influência da Geração Z e até da geração mais jovem, a Geração Alpha, que descobre marcas por meio de conteúdo social.
Marketplaces
Os adultos relatam que 43% de suas compras ou pesquisas de produtos vêm da Amazon. Com desafios como o aumento de incidentes de roubo em lojas físicas, os marketplaces continuam sendo a escolha preferida para carrinhos de compras do consumidor.
Retail media
O gasto com anúncios de retail media está previsto para crescer 22,5% este ano. Com padrões de medição adicionais e ofertas para a parte superior do funil, os gastos em os anúncios terão um grande crescimento.
O que vai chamar a atenção do consumidor?
Mobile em alta
As vendas via m-commerce representarão 43,2% das vendas do comércio eletrônico nos EUA em 2024, esperando-se que atinjam 93% até 2027. Impulsionadas principalmente pela Geração Z, o uso de dispositivos móveis se estenderá além das residências dos consumidores, influenciando compras enquanto estão na loja. A dica é otimizar os aplicativos para ajudar os compradores com as listas de desejos, localização de itens e comparações de preços.
Devoluções podem aumentar vendas
A Amazon lidera ao adotar uma estratégia de devolução que pode resultar em vendas adicionais. Permitir que os consumidores deixem pacotes em lojas do grupo, não apenas pode ser mais conveniente para o comprador, mas também pode levar a compras por impulso.
Foco em entretenimento
Agora os consumidores preferem serviços de streaming sem anúncios e estão dispostos a pagar por serviços, fontes de notícias e outros sem interrupções. Nesse contexto, priorizar o entretenimento sobre as vendas pode ser a chave para conquistar sua preferência a longo prazo.
E o que o consumidor espera?
Conteúdo em vídeo
Especialmente em formato curto, impulsionado pelo TikTok, o vídeo tornou-se a maneira preferida de consumir conteúdo. Empresas devem adotar vídeos em toda a jornada do consumidor, desde seus sites até a Amazon, passando por diversas plataformas sociais e além.
IA Generativa
As marcas devem abraçar a IA como aliada, não como inimiga, utilizando-a para automatizar e tornar o marketing mais eficiente. Com melhorias em desempenho e capacidades, espera-se maior adoção, acompanhada por maior ênfase em regulamentações e diretrizes da ferramenta.
Entregas no mesmo dia
62% dos usuários do DoorDash agora optam por pedir mantimentos e itens de saúde pessoal, indicando uma mudança para compras rápidas e convenientes. Essa tendência também destaca a crescente demanda por luxos acessíveis, como opções de entrega de última hora.