Os meios de pagamento passaram (e ainda passam!) por uma gigantesca transformação, sobretudo após a pandemia de Covid-19. QR Code, maquininhas por aproximação, pagamentos via aplicativos, open banking e Pix são meios cada vez mais usados pelos consumidores. Augusto Lins, cofundador e presidente da Stone, falou sobre o mercado de pagamentos com Rodrigo Nasser, conselheiro do E-Commerce Brasil, durante o Fórum E-Commerce Brasil – Grand Connection, nesta segunda-feira (13). Confira os principais trechos bate-papo:
ECBR: Como você vê a possibilidade de novas experiências com a integração entre os meios físico e digital?
Augusto Lins: Vivemos um momento ímpar na história. Nesse período de experiência [da pandemia] de Covid-19, perdemos perdemos entes queridos, mas teve também um momento importante de mudança de hábitos dos consumidores. O consumidor teve a necessidade de aprender a pagar as contas sem ir ao banco e comprar sem ter que ir à loja. Vimos a verdadeira transformação da sociedade e inclusão digital financeira e social. Vários desbancarizados começaram a usar o app. O Banco Central lançou o Pix.
A Covid trouxe consciência e um consumidor mais empoderado. Hoje, ele escolhe como, onde e quando vai comprar, como vai pagar e onde vai pegar a mercadoria. O poder do consumidor é total, e tem que se adaptar à realidade, utilizando venda em vários canais. O varejo está se transformando devido a mudanças de hábitos de consumo e questões de tecnologia na nuvem, por exemplo. Agora, com a telefonia móvel 5G vão surgir outros serviços e soluções para atender novas demandas. É importante ouvir o cliente.
ECBR: Como foi a integração e compra da Linx em meio à pandemia?
Lins: Quando falamos em aquisição, é fundamental conhecer a cultura da empresa na qual está investindo, quais são valores, origem e como são as pessoas. Isso facilita muito os negócios. Não temos presunção de mudar a cultura de ninguém, e sim garantir o alinhamento de acreditar em inovação, tecnologia, entender o cliente como a razão da nossa existência e ter espírito empreendedor.
A indústria de pagamentos sempre foi muito concentrada e verticalizada, e o Banco Central está fazendo um belo trabalho de abrir o mercado para trazer startups, fintech e inovação. Quem ganha com isso é a sociedade, pois há redução de preços, spread bancário e mais investimento em empregos e tecnologia. É um momento transformador na nossa sociedade.
ECBR: No open banking, o consumidor pode escolher quem pode ter acesso às informações. Como você enxerga essa questão de confiança com o varejista?
Lins: As empresas têm que investir em marcas e tecnologia para passar confiança ao consumidor, da mesma forma que o lojista busca confiar em possíveis parceiros para compartilhar dúvidas, dores e problemas. O uso de meios de pagamento eletrônicos cresceu, assim como os cartões de crédito, pagamento com carteiras digitais, aplicativos etc. E com isso, aumentou o número de pessoas querendo se aproveitar disso. Há uma indústria de fraudadores. O varejista precisa ter mais cuidado para se proteger, como dupla autenticidade e confirmação de dados.
Por Dinalva Fernandes, da redação do E-Commerce Brasil
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O Fórum E-Commerce Brasil Grand Connection acontece nos dias 13, 14 e 15. O evento de alcance global conta com a participação de especialistas e grandes nomes do comércio eletrônico. Acompanhe ao vivo.