O Dia do Consumidor em 2021 foi proveitoso para o e-commerce brasileiro. Entre os dias 2 e 15 de março foi registrado faturamento de R$ 6,3 bilhões, equivalente a 85% a mais em relação ao ano passado, quando o valor fechou em R$ 3,4 bilhões.
Os dados são do balanço sobre o comportamento do público no varejo virtual, realizado pela All iN e Social Miner, em parceria com a Lett, Etus,Yapay, Neotrust, Clearsale, Octadesk, Tray e Opinion Box.
Somente no dia 15 de março, quando se comemora de fato o Dia do Consumidor, o comércio eletrônico registrou R$ 592 milhões em vendas. E o ticket médio dos pedidos no período também aumentou neste ano, em 4% na comparação com 2020. Ele foi de R$ 429,60 a R$ 447,50. Segundo o levantamento, só na segunda-feira do evento, esse valor chegou a R$ 468,40.
As categorias que mais registraram pedidos durante o evento foram Moda e Acessórios, com representatividade de 21%, Eletrônicos e Informática (18%), Beleza (14%), e Casa e Construção (12%).
Já quando o assunto é preço, as categorias que mais apresentaram variação de valores foram Utilidades Domésticas, Bebês, e Cuidados Diários:
Queda no preço
A categoria Bebês teve uma diminuição significativa nos preços, com uma diferença que, em relação ao evento de 2020, chegou a 17,5%. Entre os dias 2 e 15 de março os valores médios desses itens caíram 19,9%.
Além disso, os produtos de Cuidados Diários também tiveram queda no preço médio, de 12,9%, segundo os dados.
Alta no preço
A categoria de Alimentos e Bebidas apresentou um aumento de 23,3% na média de preços entre o período do Dia do Consumidor de 2020 e de 2021. Isso significa que os produtos do segmento estão muito mais caros agora, crescendo 30,5% no valor.
Como foram as vendas do Dia do Consumidor?
De acordo com o levantamento, 71% dos consumidores compraram pelo desktop, e os outros 29% utilizaram dispositivos móveis. No entanto, nos fins de semana, houve uma queda no uso do desktop — seja para pesquisas ou consumo —, o que pode estar relacionado ao fato de que, se durante os dias úteis muitos consumidores fazem uso do computador, para trabalhar ou executar outras tarefas cotidianas, nos dias de folga os celulares estão mais frequentemente à mão, tornando mais prático o seu uso, inclusive para as compras online.
Outro aspecto do comportamento do consumidor é relacionado a opção de pagamento: o cartão de crédito foi a forma mais utilizada no período de 2 a 14 de março, sendo a escolha de 69% dos consumidores. No entanto, o parcelamento das compras não foi uma opção para a maior parte dos compradores que utilizaram o cartão: 27,1%, que preferiram realizar o pagamento à vista.
Além disso, ainda considerando os pedidos pagos via cartão de crédito, o levantamento revelou que 100.813 tentativas de fraude foram evitadas neste ano, número 107% maior que o registrado no mesmo período de 2020. Com isso, o valor de fraudes evitadas chegou aos R$ 114,35 mil, montante 130% maior do que no mesmo período do ano anterior.
A força do online
As redes sociais também vêm ganhando destaque como aliadas do consumidor nas compras online. Ao estudo “A opinião do consumidor sobre experiências omnichannel”, da All iN, Social Miner e Opinion Box, 27% dos consumidores afirmaram que optam pelo Instagram para encontrar lojas — físicas ou online — onde fazer compras; outros 22% utilizam o Facebook para fazer esse tipo de busca.
Ainda segundo o levantamento, os varejistas vêm dando exemplo ao investir mais em campanhas em múltiplos canais. Em um comparativo feito entre 19 de fevereiro e 1º de março, e entre 2 e 15 de março, o número de publicações patrocinadas aumentou 17,3%; os valores de mídia paga subiram 21%; e o agendamento de campanhas teve alta de 29,3%.
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