Logo E-Commerce Brasil

Dia dos Pais: vendas no e-commerce crescem 127% com 6,21 mi de pedidos

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Mesmo com a flexibilização da quarentena em algumas cidades do país, o e-commerce segue em ascensão, com recorde atrás de recorde de vendas. No Dia dos Pais, por exemplo, houve um crescimento de 127% no volume total de pedidos — que passou de 2,74 milhões, em 2019, para 6,21 milhões neste ano. Os dados são da Social Miner, em parceria com a Clearsale, Octadesk e Opinion Box.

O relatório considera todo o mês que antecedeu o evento, sobretudo a performance dos sites e lojas virtuais entre os dias 25/07 a 09/08/2020, além de fazer um comparativo com o período equivalente de 2019.

O levantamento revela ainda que, apesar de o ticket médio dos presentes ter caído cerca de 7% em relação ao ano passado, variando de R$ 470 para R$ 439, o e-commerce viu o faturamento nas vendas pelo cartão de crédito mais que dobrar, crescendo 112% e chegando à marca de R$ 2,75 bilhões.

Considerando as pessoas que identificaram seu gênero no momento do cadastro, categorias como Eletrônicos e Informática e Bebidas contaram com um público sobretudo masculino, sendo que os homens foram responsáveis por 94% e 71% das vendas destes setores, respectivamente. As mulheres, por sua vez, representaram a maior parte das conversões em Beleza e Moda e Acessórios, com 88% e 72% nesta ordem.

O Sudeste se manteve na liderança das vendas, com 62%, mas o destaque vai para o Sul, que passou de 8,5% no ano passado para 17% neste Dia dos Pais. Já as regiões Nordeste e Centro-oeste tiveram queda na representatividade, caindo de 18,5% para 13% no caso do Nordeste, e de 9,3% para 6% no Centro-oeste.

Antecipação das compras

Como o prazo de entrega é um fator sensível aos consumidores, muita gente antecipou a procura por ofertas, aumentando o tráfego nos sites com quase um mês de antecedência do evento. Como consequência, os dois maiores picos de vendas no e-commerce aconteceu 27 e 20 dias antes do evento.

Os desktops foram os dispositivos mais utilizados — especialmente durante os dias úteis da semana — com representatividade de 68% nas vendas, contra 32% do mobile. Porém, a Social Miner observa que, uma vez sendo acessíveis e estando sempre à mão dos consumidores, celulares e tablets vêm ganhando representatividade e registrando taxas de conversão maiores aos fins de semana, por exemplo:

*dados da Social Miner

Fidelidade dos clientes

Outro ponto interessante ressaltado pela Social Miner é que os clientes estão mais fiéis às lojas online. 7,6% dos que fizeram uma compra no período de Dia dos Pais deste ano já tinham comprado no mesmo e-commerce no evento do ano passado. Isso representa um crescimento de 46% na taxa de recompra que, em 2019, ficou em 5,2%, sendo um retorno positivo às estratégias de retenção e fidelização colocadas em prática pelas marcas.

No entanto, o levantamento mostra que o crescimento nas vendas online, incentivado pela sazonalidade, implicou também num aumento de 36% o número de pedidos fraudulentos, quando comparados os períodos equivalentes de 2019 e 2020.

As tentativas de golpe aconteceram principalmente em segmentos como Celulares e Eletrônicos, provavelmente por serem categorias com itens de valor alto, fácil transporte e grande potencial de revenda. A novidade desta vez, porém, é que a procura dos golpistas por ar condicionado aumentou — talvez por as pessoas estarem passando mais tempo em casa e o equipamento ter se tornado uma necessidade, observa a Social Miner.

*dados da ClearSale, apurados entre 27/07 e 11/08/2019 e entre 25/07 e 09/08/2020 e referentes a pedidos pagos exclusivamente no cartão de crédito

Para ter acesso a outros estudos, basta acessar: http://conteudo.socialminer.com/impactos-coronavirus-ecommerce

Leia também: Vendas globais no e-commerce seguem em alta na pandemia, com crescimento de 19% em julho