O magnata chinês Jack Ma, cofundador do Alibaba, gigante do comércio eletrônico, anunciou no Twitter que doará 500 mil kits de testes de coronavírus e um milhão de máscaras para os Estados Unidos. Usando o Twitter e o serviço de microblog Weibo, o empresário informou que os materiais já foram providenciados para serem despachados.
“Tirar proveito da experiência do meu próprio país. Testes rápidos e precisos e equipamentos de proteção individual adequados para profissionais médicos são mais eficazes na prevenção da propagação do vírus”, escreveu Ma. “Esperamos que nossa doação possa ajudar os americanos a lutar contra a pandemia.”
A oferta de Ma acontece poucas horas após presidente americano Donald Trump declarar estado de emergência nacional no país e a liberação de US$ 50 bilhões em recursos federais no combate ao coronavírus. Em breve, testes para coronavírus devem ser realizados em larga escala nos EUA, mas Trump não detalhou como eles serão feitos.
A atitude do republicano, que inicialmente minimizou os efeitos da pandemia, foi duramente criticada por opositores e parte da comunidade internacional, que avaliam ter havido demora na tomada de providências.
Mais doações
Além da doação aos Estados Unidos, Jack Ma já havia anunciado no dia 2 de março um milhão de máscaras para o Japão e, dias depois, um milhão de máscaras ao Irã.
Em 11 de março, ele escreveu que 1,8 milhão de máscaras e 100 mil kits de teste iriam para a Europa, com o primeiro lote chegando à Bélgica esta semana. Doações similares à Espanha e Itália, que já registrou mais de 1.400 mortes, também estão nos planos do magnata.
Há duas semanas, Jack Ma ainda anunciou a doação de US$ 14 milhões para financiar o combate ao coronavírus, incluindo US$ 6 milhões destinados a duas organizações de pesquisa do governo chinês que buscam a vacina contra o vírus.
A China, país que originou a pandemia, é o maior fornecedor de máscaras faciais do mundo. À medida que a crise provocada pelo coronavírus avançou desde janeiro, o país reduziu as exportações de máscaras passando a adquirir a maior parte do suprimento global.
O país, que afirma já ter contido o avanço do vírus, contabiliza mais de 3.000 mortos e quase 70 mil casos confirmados de coronavírus.
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