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E-commerce na América Latina cresce mais de 50% na pandemia

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A pandemia transformou os hábitos de consumo, gerando um notável aumento no número de consumidores online: o varejo passou de uma média de 5,1 milhões de consumidores mensais para 8,9 milhões no mês de julho. Comparando este comportamento aos primeiros sete meses de 2019, o número de consumidores, transações e vendas registraram um crescimento superior a 50% na América Latina, segundo pesquisa da PayU, fintech e divisão de pagamentos digitais da Prosus.

O levantamento foi feito nos primeiros sete meses do ano. Segundo a PayU, foram processados mais de 120 milhões de transações de cerca de 21 milhões de consumidores em mais de 25 mil estabelecimentos em sua base.

Para Felipe Gonçalves, country manager da PayU no Brasil “nos últimos meses, devido ao estado de emergência, o varejo enfrentou grandes mudanças nos hábitos de consumo. Um deles foi uma forte migração para o e-commerce, que vem registrando um crescimento super positivo, possibilitando que milhares de estabelecimentos mantenham a continuidade dos seus negócios com comodidade, segurança e credibilidade no ambiente virtual”.

E-commerce ajudou na pandemia

As grandes varejistas conseguiram se adaptar rapidamente aos desafios da pandemia. Elas passaram de um faturamento mensal médio de US$ 19 milhões antes da Covid-19 para US$ 120 milhões, o que representa um crescimento superior a 500%. Da mesma forma, serviços de delivery se tornaram um forte apoio para os consumidores e comércios, registrando um crescimentos acima de 100% em comparação ao mesmo período de 2019 (janeiro a julho).

Ainda segundo a pesquisa, outras categorias que apresentaram crescimento, pois o comércio eletrônico ajudou a equilibrar o impacto nas vendas diante do fechamento obrigatório de estabelecimentos físicos não-essenciais foram:

  • Moda: aumento médio mensal de 100% em comparação com o ano anterior;
  • Utensílios domésticos: registrou crescimento superior a 200% depois de maio;
  • Marketing multinível: setor se adaptou com sucesso para atender a demanda durante a pandemia e teve um crescimento sustentado a partir de março, permitindo renda adicional para novos empreendedores e pessoas que perderam seus empregos;
  • Streaming: os períodos de isolamento em casa levaram a um aumento no consumo de entretenimento online, com crescimento mensal médio de 100% em comparação ao mesmo período de 2019;
  • Telecomunicações: promoveu suporte vital à maioria das atividades econômicas e cresceu até 60%;
  • Varejo: na transição das vendas físicas para as virtuais registrou um crescimento significativo desde maio, mês em que se iniciou a flexibilização das restrições de mobilidade em alguns países da região.

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