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E-commerce chega a 15,2% do varejo nos EUA, continua crescendo, mas de forma bem mais tímida

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

As últimas pesquisas e relatórios mostram que o forte crescimento de vendas no e-commerce durante a pandemia e período pós pandemia começa a desacelerar. Agora, estamos entrando em uma fase de normalização e com um cenário de inflação e a cautela dos consumidores criando dificuldades.

Ainda há crescimento, tanto nas vendas no varejo como no e-commerce. Porém, os dados mais recentes do Censo dos EUA, no “Relatório Trimestral de Vendas do eCommerce no Varejo”, mostram que o crescimento das vendas online desacelerou significativamente em comparação com os altos índices de 2023.

No segundo trimestre de 2024, o e-commerce representou 15,2% das vendas totais. Isso é um pouco menos do que os 15,6% do primeiro trimestre, mas ainda é um aumento em relação aos 14,6% do mesmo período do ano passado.

De uma forma geral, o crescimento anual (YoY) das vendas totais caiu para 1,9%, atingindo cerca de US$ 1,9 trilhão. Esse crescimento é menos da metade da média registrada entre a Grande Recessão e a pandemia.

O crescimento atual está abaixo do que era antes da pandemia, mesmo excluindo o período de recessão. E embora o relatório não mostre os detalhes por categoria de produtos, o que dá para perceber é que os consumidores estão voltando a um padrão de gastos mais contido ou até mesmo negativo.

Vale lembrar que os dados são do segundo trimestre, e recentemente vimos que as vendas no varejo em julho subiram 1%, recuperando de quedas anteriores. Portanto, ainda podemos esperar variações nos próximos meses.

No geral, as vendas online somaram US$ 282 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior. Porém, esse crescimento está desacelerando bastante, já que a média de crescimento trimestral entre a Grande Recessão e a pandemia era de 14,8%. Estamos bem abaixo da tendência que se via antes da pandemia, por vários anos.

Os resultados recentes de algumas empresas mostram essa pressão. O McDonald’s, por exemplo, teve queda nas vendas pela primeira vez desde 2020, com consumidores de baixa renda ficando mais em casa. Já a Home Depot registrou um pequeno aumento na receita.

Os consumidores também estão mudando a forma como gastam: segundo dados da PYMNTS, 44% das pessoas pagaram suas últimas compras em lojas físicas com cartão de débito, enquanto 28% usaram crédito. Por outro lado, 41% das compras online foram pagas com cartão de crédito.

Os gastos com débito refletem o uso do dinheiro que as pessoas já têm disponível, enquanto os gastos com crédito estão crescendo menos do que o esperado. Isso sugere que a desaceleração econômica está se firmando.