O unicórnio Ebanx iniciou os preparativos para uma potencial abertura de capital nos Estados Unidos enquanto avança com um ambicioso plano para expandir as suas soluções de pagamento na América Latina, incluindo o lançamento de nova plataforma que integra diferentes métodos para transações internacionais e locais.
A chamada Ebanx One, que conecta empresas globais a centenas de opções de pagamento por meio de um único sistema, é um importante passo rumo a um futuro IPO, muito provavelmente em uma bolsa norte-americana, disse o presidente-executivo e co-fundador do Ebanx, João Del Valle, em entrevista.
“Ainda não temos uma data para o IPO, mas estamos levando bem a sério esse projeto e o Ebanx One está no centro da nossa proposta de valor”, afirmou o executivo, sem revelar se a empresa já contratou bancos de investimento para coordenar uma futura oferta de ações.
O grupo curitibano, que processa pagamentos para gigante de tecnologia como Uber Technologies, Airbnb e Spotify Technology na América Latina, também considera aquisições para acelerar o crescimento das operações em importantes mercados da região ainda este ano, de acordo com Del Valle.
Em janeiro, o Ebanx adquiriu uma participação de 30% no Banco Topázio, autorizado a operar no mercado de câmbio, para otimizar serviços prestados a clientes globais.
“E não digo que vamos esperar o IPO para fazer essa movimentação”, acrescentou Del Valle, citando a possibilidade de uma nova rodada de financiamento privado ainda em 2021. A última captação de recursos foi feita pelo Ebanx em outubro de 2019, quando foi avaliado em mais de US$ 1 bilhão após uma segunda rodada pela firma de private equity norte-americana FTV Capital.
“Queremos ser a porta de entrada para América Latina de empresas enormes”, contou o executivo. Até o fim de junho, o Ebanx estará operando em 15 países da região. Brasil, México e Colômbia são atualmente as maiores operações entre eles.
Em 2020, a fintech processou 145 milhões de transações, um volume 38% maior na comparação com 2019. E o crescimento fora do Brasil vem sendo ainda mais forte, superando a marca de 200% no ano passado, conforme a pandemia do novo coronavírus impulsionou o comércio eletrônico, plataformas de entretenimento e outros serviços digitais.
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Fonte: Bloomberg, via 6 Minutos