O governo dos Estados Unidos está analisando os negócios de computação em nuvem do grupo chinês de comércio eletrônico Alibaba para determinar se eles representam um risco para a segurança nacional, disseram três fontes informadas sobre o assunto.
O foco da investigação é como a empresa chinesa armazena os dados de clientes dos EUA, incluindo informações pessoais e propriedade intelectual, e se o governo chinês pode ter acesso a eles, disseram as fontes.
Os reguladores podem optar por forçar a empresa a tomar medidas para reduzir o que consideram como risco ou proibir norte-americanos de usarem o serviço de computação em nuvem da Alibaba completamente.
A operação de processamento de dados da Alibaba nos EUA é pequena, com receita anual de menos de US$ 50 milhões, de acordo com a empresa de pesquisa Gartner.
Um porta-voz do Departamento de Comércio disse que a agência não comenta a “existência ou inexistência de análises de transações”. A Embaixada da China em Washington não respondeu a um pedido de comentário.
A Alibaba não comentou o assunto. A empresa sinalizou preocupações sobre suas operações nos EUA em seu relatório anual mais recente, dizendo que as empresas norte-americanas que têm contratos com a companhia “podem ser proibidas de continuar fazendo negócios conosco, incluindo cumprir suas obrigações sob acordos envolvendo nossos… serviços de nuvem”.
Investigação sobre Alibaba
A investigação sobre os negócios da Alibaba está sendo liderada por um pequeno gabinete do Departamento de Comércio conhecido como Escritório de Inteligência e Segurança.
O gabinete tem se concentrado particularmente sobre os provedores de computação em nuvem da China, disse uma das fontes.
Embora existam poucos casos públicos do governo chinês obrigando uma empresa de tecnologia a entregar dados confidenciais de clientes, acusações contra hackers chineses revelam o uso de servidores de centrais de processamento de dados para obtenção de acesso a informações privadas.
A Alibaba, o quarto maior provedor de serviços de computação em nuvem do mundo, de acordo com a empresa de pesquisa Canalys, tem cerca de 4 milhões de clientes e descreve a área como seu “segundo pilar de crescimento”. A empresa teve aumento de 50% na receita, para US$ 9,2 bilhões, em 2020, embora a divisão seja responsável por apenas 8% das vendas totais.
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Fonte: Reuters, via Terra