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Euromonitor: 60% dos consumidores nos mercados emergentes devem manter hábito de compra online

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Nos últimos cinco anos, o e-commerce nos mercados emergentes — como Brasil, Colômbia, Indonésia e Índia — cresceu 30% e esse crescimento representa um aumento de valor de US$ 242 bilhões, atingindo um total de US$ 834 bilhões ao final de 2019. O primeiro semestre de 2020 teve um aumento global nas vendas online, continuando essa escalada, segundo relatório da Euromonitor.

De acordo com o relatório, o crescimento do comércio eletrônico nos mercados emergentes pode ser atribuído à alta na velocidade de penetração da internet e ao comportamento dos consumidores, que passam a querer realizar comparações facilmente nos preços e qualidade dos produtos antes de comprar.

Dessa forma, as empresas bem-sucedidas são aquelas que utilizarão esforços omnichannel para melhorar a experiência dos consumidores, como serviços de clique e retire e delivery. Segundo a pesquisa da Euromonitor, mais de 60% dos entrevistados afirmaram que provavelmente aumentarão as compras online e reduzirão as compras na loja em médio e longo prazo.

À medida que os consumidores passam mais tempo em casa, aplicativos de entrega, como Rappi e Uber Eats, estão competindo para atender à demanda por entrega em domicílio. Outro exemplo, é a Flipkart, que fechou uma parceria com o Vishal Mega Mart para entregar produtos essenciais encomendados online em 26 cidades da Índia.

Delivery nas cidades

Ainda de acordo com o relatório, até 2030, 60% da população mundial será urbana. Com isso e com o aumento da compra online, os mercados emergentes precisarão garantir vias e transportes eficientes para que companhias de e-commerce tenham sucesso e os produtos cheguem às casas dos consumidores.

Para ajudar nesse processo de entrega, diversas empresas estão tornando suas redes de distribuição mais centralizadas, com cadeias de suprimentos para se concentrar em estratégias de preenchimento urbano. Além disso, alguns varejistas optaram por usar “lojas escuras” como locais de atendimento localizados e transformaram lojas em centros de distribuição locais.

Ao passo que pedidos de delivery estão cada vez crescendo mais, os consumidores esperam melhorias em sua experiência de compra online. Os consumidores tendem a preferir empresas que proporcionem uma experiência amigável no aplicativo, bem como várias opções para receber produtos comprados, de acordo com a Euromonitor.

Apesar disso, com a demanda aumentando a cada dia, as varejistas antigas podem não ter a capacidade ou rede para entregar pacotes na mesma velocidade, o que representa uma oportunidade para as startups conquistarem o mercado de delivery.

Segundo a Euromonitor, varejistas, pequenas lojas, restaurantes e outras empresas podem se conectar usando o modelo de tecnologia crowdsource, ou seja, terceirizando tarefas, ideias e soluções para melhorar a experiência do cliente.

Serviços financeiros online

Os serviços financeiros online também foram beneficiados pela pandemia da Covid-19 de maneira direta, pois a Organização Mundial da Saúde recomendou que as pessoas evitassem utilizar dinheiro, substituindo-o por aplicativos e cartões.

Para corresponder às atitudes do consumidor, empresas como o Paypal incorporaram serviços financeiros digitais como códigos QR para realizarem pagamentos digitais. Além disso, vários varejistas permitiram que os consumidores comprassem online e retirassem na loja para evitar contato e a disseminação do vírus.

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As informações são do Meio & Mensagem