Como a indústria pode ir além e se conectar com as diversas partes da cadeia sem se enquadrar em um modelo específico? Para Renan Mota, Co-CEO e Founder da Corebiz, para conseguir resultados dentro do e-commerce, é preciso atuar com canais diversos e ir além do B2B e B2C. O executivo participou do Fórum Indústria Digital na terça-feira (19).
A Corebiz é uma agência especializada em marketing digital e otimização da experiência do cliente, integrando os seguintes cases e exemplos de formas de atuação da indústria no e-commerce:
- Compra Direta Empresas (empresas que irão consumir, mas não irão revender);
- B2SmallB (uso de canais digitais para escalar vendas de pequenos varejistas que querem comprar da indústria e não conseguem);
- Propor a indústria como um backup do varejo: estoque integrado (faça venda de produtos com estoque virtual no varejo);
- Vender direto na loja – vendas diretamente das lojas físicas usando a indústria (estender o estoque usando um totem, assim é possível comissionar os vendedores e a loja, aumentando o estoque através da parceria com a
indústria para fazer mais vendas); - “Uberizar” a cadeia de revenda sem usar intermediários (A Corebiz está elaborando um produto que ainda entrará em fase de divulgação que será semelhante à mecânica adotada em empresas como Uber, Ifood etc);
Renan também trouxe outros exemplos que não estão envolvidos com a Corebiz, mas são interessantes, como o Zé Delivery, um modelo que pode ser adotado por indústrias com produtos de consumo que podem ser vendidos de forma rápida.
Há também uma prática que ainda não é amplamente exercida no Brasil, porém, indica um caminho que poderá ser seguido. A venda de produtos que estão com pequenos defeitos ou recondicionados, que podem ser aproveitados e
comercializados com desconto.
Usar o e-commerce como balcão de vendas internacionais também é uma opção a ser considerada, o cross-border permite um avanço das indústrias no digital sem fazer grandes esforços, como o caso da Havaianas no Alibaba, vendendo com preços mais altos do que no Brasil.
E, por último, a recorrência: uma prática que pode ser explorada por empresas que trabalham com cervejas e vinhos, por exemplo. Nesse caso, a indústria pode aproveitar fazendo uma assinatura ou um clube.
Em todos os casos, é fundamental aproveitar a base de CRM para oferecer uma experiência e um produto mais alinhado ao perfil do consumidor.
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Por Amanda Lucio, em cobertura especial para o Fórum Indústria Digital
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