Os influenciadores digitais (ou digital influencers) são expoentes importantes para alavancar vendas, ainda mais no e-commerce. Esses profissionais de mídia podem fazer diferença nos resultados de marcas, especialmente entre o público mais jovem, que não liga tanto para as mídias tradicionais. “O boom do e-commerce ainda vai acontecer quando essa geração mais nova tiver poder de compra”, apostou Thiago Mazeto, diretor comercial e sucesso do cliente da Tray, no The Future of E-Commerce – edição Martech, nesta quarta-feira (2).
O advento das redes sociais e dos influenciadores digitais é uma das explicações para o crescimento do social commerce, segundo o executivo. “Hoje os influencers não só fazem publieditorial, como também colocam a mão na massa. O influencer faz parcerias e colaborações em conjunto com a marca e participa da concepção do produto, além de desenhar o produto com a sua marca pessoal, contratando o fabricantes sob demanda”, conta.
Social commerce é o ato de comprar um produto ou serviço nativamente nas redes sociais ou clicar em algum link que leve para a página do produto para compra imediata. “Mas não se limita ao ato da compra, pois também está presente na jornada do comprador”, conta Mazeto.
A importância dos influenciadores digitais
O Tao Liang, mais conhecido como Mr. Bags, tem mais de 7 milhões de seguidores na rede social weibo e 850 mil seguidores no microblog Wechat. “Em um lançamento, ele vendeu US$ 500 mil em bolsas para seus seguidores em 6 minutos. No Brasil, dois grandes influenciadores são a Bianca Andrade — que participou do Big Brother Brasil, da TV Globo —, e o Léo Picon”, conta Mazeto.
Segundo Mazeto, em 2021, a China se tornou o primeiro país em que o número de compras online ultrapassará as vendas em lojas físicas. A Coreia do Sul e os EUA vem logo atrás com respectivamente 28% e 15%.
Até o fim do ano, a China chegará a US$ 363 bilhões, mais que o triplo de 2018. Um dos motivos de crescer mais é que os influencers não são remunerados pelo Google, segundo o executivo. Outro motivo é a integração tecnológica entre as plataformas, fábricas e redes sociais.
De acordo com o especialista, por não ter o Google na China, a maioria dos usuários pulam o buscador e acessam os marketplaces diretamente. Esses shoppings virtuais concentram 90% das vendas na China. Nos EUA, o percentual é de 50%. “E as redes sociais e ferramentas de conversas possuem um papel fundamental na jornada do cliente na China”, completa Mazeto.
Por Dinalva Fernandes, da redação do E-Commerce Brasil
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O The Future Of E-Commerce – Edição Martech faz parte de uma série de congressos do E-Commerce Brasil para tratar sobre o futuro do comércio eletrônico no Brasil.