O mercado de fusões e aquisições (M&A) da China deve registrar retomada significativa em 2025 após atingir seu menor nível em uma década no ano anterior. De acordo com projeções de bancos e consultorias internacionais, a expectativa é de crescimento de dois dígitos no volume de transações, puxado especialmente pela valorização de empresas de inteligência artificial.

O movimento ocorre em meio à ascensão de startups tecnológicas como a DeepSeek, que têm despertado o interesse de fundos de investimento e acelerado reestruturações no setor privado e estatal. Apenas nos dois primeiros meses do ano, instituições como o Natixis e o PwC relataram aumento expressivo na demanda por operações de M&A envolvendo ativos chineses. Os segmentos de tecnologia, energia e manufatura avançada lideram esse ciclo de recomposição estratégica.
No contexto doméstico, o governo chinês tem incentivado a consolidação de setores considerados essenciais, como corretoras financeiras e montadoras de veículos. A medida visa fortalecer a competitividade interna e mitigar impactos de tarifas internacionais, ao mesmo tempo em que abre espaço para a internacionalização de grupos estatais.
Com um cenário regulatório mais estável, maior apetite por transações regionais e foco em inovação, o ecossistema chinês volta ao radar de investidores estratégicos — especialmente na Ásia e em mercados emergentes. A expectativa é que grandes operações de fusão entre empresas públicas avancem ao longo do ano, sinalizando uma nova etapa de maturidade corporativa na segunda maior economia do mundo.
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