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Luz: dados do Google mostram que a Black Friday de 2024 será melhor que a do ano passado

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Google é Google, não é mesmo? É o tipo de referência em que os consumidores (e usuário no geral) pensam sem nem ao menos considerar outra opção. Número um em tirar dúvidas, encontrar produtos, descobrir lojas, novos destinos de viagens, enfim.

Durante o evento Google Black Friday 24, profissionais da empresa usaram os dados da plataforma para ajudar os lojistas a entender o atual momento do consumidor e estratégias da vez para vender mais do que ano passado.

Realizado na Cinemateca, em São Paulo, a empresa apostou na analogia “luz, câmera e ação” para tratar a Black Friday como um grande espetáculo, realizado em mais de um ato e com o objetivo de encantar o consumidor.

“Dá um Google”

Para Gleidys Salvanha, diretora-geral de negócios para varejo e tecnologia do Google Brasil, que abriu o evento, “há um novo Google para cada pergunta feita e novo desafio proposto”.

Gleidys Salvanha, diretora-geral de negócios para varejo e tecnologia do Google Brasil

Desde 2010, o Google usa funcionalidades que auxiliam e-commerces do mundo inteiro a se posicionar como resultado de pesquisas focadas em compras, bem como a colocar suas marcas entre os anúncios.

Para a executiva, esses anos de experiência dá à plataforma e ao e-commerce um repertório essencial para o crescimento da Black Friday desde ano. “Foi a criatividade e o talento de vocês que tornou a Black Friday o que é hoje”, ela completou.

2023: a Black Friday mais atípica de todas

A Black Friday de 2023 surpreendeu negativamente tanto consumidores quanto lojistas brasileiros, pois houve uma quebra da expectativa conquista nos anos anteriores.

“A Black Friday de 2023 foi muito pautada pela rentabilidade, deixando a inovação a criatividade de lado”, explicou Saldanha. Em partes, o resultado se deve por 2023 ter sido o primeiro ano de respiro após as crises iniciadas em 2020 pela pandemia, ou seja, o primeiro ano “típico” (ou “normal”) para muitos brasileiros. Em contrapartida, com a queda nos resultados, a Black Friday foi considerada atípica por quebrar o padrão de crescimento.

De acordo com pesquisas realizadas pelo Google ano passado, havia interesse de compra e procura dos consumidores, uma vez que as buscas por produtos e promoções cresceu em maior proporção dos que os cliques para compra do que os cliques de fato.

Em junho de 2023, 66% dos consumidores premeditavam realizar compras na Black Friday. Destes, apenas 54% compraram e 44% compraram menos do que haviam avaliado inicialmente.

Se 85% dos consumidores que compraram acharam que os descontos foram superiores ao esperado, por que a Black Friday de 2023 vendeu tão pouco?

Para a executiva, “faltou apetite das marcas na divulgação e promoção de suas ofertas”, que consequentemente não atingiram os consumidores que tinham interesse em comprar. Inovar nas formas de divulgação e contato com o cliente é uma das apostas para 2024.

O que podemos esperar para Black Friday de 2024?

Para Salvanha, existe um “otimismo realista” do mercado em relação às vendas em 2024. Isso porque os dados do primeiro semestre apontam um norte positivo para quem anuncia online.

As buscas por compras através da plataforma cresceram 13% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, para os consumidores que já estão se preparando para as compras, 62% já manifestam desejo de compra para a data.

“A Black Friday viabiliza desejos, mas também possibilita compras do dia a dia e antecipa compras planejas para o futuro”, explica. Além disso, “2024 é o ano de diferenciação e os consumidores esperam mais das marcas”.

Na contramão, é preciso estar atento à confiança do consumidor, já que mesmo com desejo de compra, 65% dos consumidores veem as ofertas da Black Friday como repetitivas.

“As marcas precisam brilhar e quem não se diferenciar não vai alcançar os melhores resultados”, conclui.