O Magazine Luiza informou nesta sexta-feira (14) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seus resultados financeiros relativos ao primeiro trimestre do ano fiscal de 2021. O Magalu conciliou crescimento exponencial de vendas com um lucro líquido ajustado de R$ 81,5 milhões no primeiro trimestre de 2021. No período, as vendas totais da companhia cresceram 63% e atingiram R$ 12,5 bilhões.
De acordo com a varejista, o Ebtida (lucro antes de impostos, juros e amortizações) ajustado foi de R$ 427 milhões, 56% maior que o registrado no mesmo período de 2020.
O e-commerce avançou 114% — pelo quarto trimestre consecutivo, a operação dobra de tamanho —, atingindo R$ 8,8 bilhões e uma participação de 70% nas vendas totais. Mesmo com o fechamento temporário durante parte significativa do trimestre, as vendas nas lojas físicas aumentaram 3,7%.
A conjunção desses resultados levou o Magalu a conquistar o maior marketshare de sua história, com um aumento de 4,7 pontos percentuais, segundo a empresa de pesquisa GfK. Nos últimos 12 meses, a geração de caixa operacional atingiu R$ 2,7 bilhões.
“Este trimestre mostrou que nosso modelo de negócios, baseado na construção de um ecossistema e nos benefícios da multicanalidade, é diferente e único. Separamos o joio do trigo”, diz Frederico Trajano, CEO do Magalu. “Graças a ele, continuamos a crescer exponencialmente de maneira sustentável, sem trade offs desnecessários de margem, gerando lucro.”
O crescimento do Magalu se deu em todas as suas operações — digital e física, estoques próprios e marketplace. No primeiro trimestre, as vendas digitais aumentaram 121,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O marketplace, com 56 000 sellers, avançou 98% e passou a contribuir com R$ 2,4 bilhões em vendas.
Aquisições do Magazine Luiza
No primeiro trimestre, a empresa fez uma série de aquisições dentro dessa estratégia. Para fortalecer a categoria de produtos de mercado, uma prioridade, o Magalu trouxe a VipCommerce, startup especialista em integrar supermercados.
No food delivery, outra vertente de crescimento, a ToNoLucro reforçou a operação da AiQFome, que está em mais de 550 cidades, sobretudo pequenas e médias. A operação atingiu 2,6 milhões de pedidos em abril, preparados por mais de 25.000 restaurantes parceiros. Em abril, foram concluídas as aquisições da ToNoLucro e da GrandChef, que fortalecem esse vetor de crescimento. As vendas anualizadas da AiQFome chegaram a R$ 1,2 bilhão.
No mercado de produtos financeiros digitais, a fintech do Magalu lançou, em abril, o Cartão Magalu, um cartão de crédito integrado com o aplicativo da companhia e que ofereceu, no lançamento, 4% de cashback nas compras feitas em todos os canais da companhia, diretamente na carteira digital Magaly Pay. Além disso, a empresa pretende acelerar sua estratégia de Pix, para pagamento de compras e transferência de valores.
Em conteúdo e ads, a empresa trouxe para seu portfólio duas grandes plataformas: o Steal the Look, site de moda e estilo, e o Jovem Nerd, pioneiro no conteúdo nerd e criação de podcasts do Brasil. Em breve, os conteúdos de Steal the Look, Jovem Nerd e Canaltech serão integrados ao SuperApp Magalu.
Investimento em multicanalidade
O Magazine Luiza abriu, no primeiro trimestre do ano, 11 pontos físicos. As vendas no canal físico, apesar do período mais longo de fechamento provocado pela pandemia, cresceram 4%.
A capacidade de entrega rápida foi destaque no período. Agora, 70% das entregas são feitas em até 48 horas, sendo 51% em, no máximo, um dia. Para suportar essa operação, a empresa mantém 23 centros de distribuição e 80 estações de cross docking e hubs de last mile. São mais de 8.000 motoristas trabalhando para que as entregas do Magalu sejam cada vez mais rápidas, segundo a empresa.
O trimestre terminou com mais de 1.900 sellers no modelo de cross-docking e 403 lojas contam com Retire na Loja de produtos de sellers. O SuperApp atingiu 31 milhões de usuários e o Magalu Pay, a conta digital da empresa, ultrapassou a marca de 3 milhões de contas abertas.