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Como marcas criam skills na Alexa para estreitar relacionamento com clientes

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A Inteligência Artificial já faz parte do nosso dia a dia, como os algoritmos que já escolhem ou sugerem o que vamos ouvir ou assistir em serviços de streaming. E quando se junta essa inteligência com o auxílio de voz, o potencial é ainda maior, segundo Talita Taliberti, Country Manager da Amazon – Alexa, no Brasil.

“Nós somos naturalmente programados para falar, estamos habituados com a fala há centenas de milhares de anos. Por isso, a tecnologia com voz é mais fácil de ser usada por todos como meio de interação, desde crianças com pouca idade até pessoas idosas, ou pessoas com dificuldade de usar tecnologia ou com algum problema cognitivo”.

No Fórum E-Commerce Brasil – Grand Connection, na quarta-feira (15), a executiva comentou que um dos principais benefícios deste tipo de recurso é a velocidade. “Falamos 150 palavras por minuto, mas digitamos 40 por minuto. Outro ponto é que a carga cognitiva que a linguagem requer é mais baixa do que o uso de outras tecnologias, o que permite que façamos outras atividades, como cozinhar, fazer exercícios ou dirigir. Isso permitiu com que a adoção do uso de speakers fosse mais rápido do que com outros mecanismos”.

O dispositivo de voz da Amazon, a Alexa, está no país há pouco mais de um ano e já mostrou peculiaridades dos consumidores brasileiros, revela Taliberti. “Ela se tornou uma verdadeira amiga dentro de casa para idosos na pandemia, por exemplo. Em outubro, fizemos um compilado das maiores interações com a Alexa e a principal delas foi “bom dia”, com 9 milhões de vezes”.

As marcas podem criar skills para estreitar o relacionamento com os consumidores

O dispositivo também pode ser útil para portadores de deficiência, como a possibilidade de acender a apagar as luzes de casa apenas com comando de voz. “Tivemos a ideia de promover, no Brasil, um prêmio na área de acessibilidade para estimular desenvolvedores a criarem skills voltados para pessoas com deficiência motora ou cognitiva”, relata.

“Notícias, times, alarmes, “bom dia”, informação, conversão, entre outros, isso tudo é desenvolvido pelo time interno da Amazon, mas também podemos ter outras [funções] desenvolvidas por parceiras que são através das skills. As skills são apps de voz para a loja da Alexa desenvolvidas por parceiros e que trazem novas funcionalidades para o usuário. Qualquer pessoa pode desenvolver, inclusive empresas”, afirma a executiva.

Desta forma, as skills podem ser aliadas no relacionamento das marcas com os clientes. “A Natura desenvolveu uma skill para meditação, assim como a da Johnson & Johnson, que dá dicas de bem-estar. A Sadia desenvolveu uma skill com receitas e dicas de produtos; a da Nestlé fala de tipos de café e a da Colgate dá dicas de escovação, e assim por diante”, exemplifica a country manager.

Segundo ela, nesse novo movimento o consumidor quer se conectar mais, buscando conveniência por meio da voz, por isso é importante se atentar aos feedbacks dos usuários. Atualmente, há mais de 15 aparelhos com Alexa disponíveis no país, além de outros equipamentos com o dispositivo embutido, com smartvs e fones de ouvido.

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Por Dinalva Fernandes, da redação do E-Commerce Brasil.