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McDonalds começa a aceitar bitcoin como pagamento em El Salvador

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Os gigantes de fast food McDonald’s e Panda Express começaram a aceitar bitcoin como forma de pagamento em El Salvador. Na terça-feira (7), o país se tornou a primeira nação a adotar o bitcoin como moeda legal, embora tenha sofrido problemas iniciais quando o governo teve que desconectar uma carteira digital para lidar com a demanda.

O processador de pagamentos bitcoin da Califórnia, OpenNode, confirmou à Forbes que formou parcerias com o McDonald’s e a Panda Express para permitir que eles começassem a aceitar bitcoin.

O bitcoin agora pode ser usado para pagamentos em todos os 19 restaurantes do McDonald’s no país, bem como online e por meio do aplicativo de entrega, disse a OpenNode.

O Mc Donald’s começou a aceitar bitcoin como forma de pagamento em El Salvador. Imagem: Reprodução

Embora estas pareçam ser as primeiras grandes empresas americanas a se ajustar à iniciativa de criptomoeda de El Salvador, o porta-voz da OpenNode, Ryan Flowers, disse que sua equipe está “integrando, atualmente, várias empresas multibilionárias com base em El Salvador”.

A mudança significa que as empresas devem aceitar o pagamento em bitcoin junto com o dólar americano, que tem sido a moeda oficial de El Salvador desde 2001 e permanecerá com curso legal.

Ainda não está claro se as empresas serão penalizadas se não aceitarem o bitcoin.

O presidente Nayib Bukele, que pressionou pela adoção da criptomoeda, pediu ajuda aos usuários que já haviam baixado o aplicativo apoiado pelo governo, para testar se ele estava funcionando corretamente.

“Você poderia por favor tentar se registrar e postar nos comentários se há algum erro ou se todo o processo funciona bem?”, escreveu o presidente no Twitter.

Bukele disse que o uso do bitcoin ajudará os salvadorenhos a economizar US$ 400 milhões por ano em comissões para remessas, ao mesmo tempo que dará acesso a serviços financeiros para quem não tem conta bancária.

No entanto, os mais pobres podem ter dificuldade em acessar a tecnologia necessária para fazer o bitcoin funcionar em El Salvador, onde quase metade da população não tem internet e muitos mais têm acesso esporádico.

Outros dizem que a mudança pode alimentar a lavagem de dinheiro e a instabilidade financeira. Isso já turvou as perspectivas de mais de US$ 1 bilhão em financiamento que El Salvador está buscando do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Bitcoin como moeda em El Salvador

No início de terça-feira (7), os salvadorenhos que tentavam baixar a carteira digital Chivo, que o governo promoveu, prometendo US$ 30 em bitcoin para cada usuário, descobriram que ela não estava disponível em lojas de aplicativos populares. Em seguida, Bukele tuitou que o governo o havia desconectado temporariamente para lidar com a demanda.

Pesquisas indicam que os salvadorenhos estão preocupados com a volatilidade da criptomoeda, que pode perder centenas de dólares em valor por dia.

Antes do lançamento, El Salvador comprou 400 bitcoins no valor de cerca de US$ 20 milhões, disse Bukele, ajudando a elevar o preço da moeda para acima de US$ 52 mil pela primeira vez desde maio. Horas depois, no entanto, havia enfraquecido cerca de 4%, para US$ 50.516.

Leia também: BC avança nas discussões para a criação da moeda digital brasileira

Fontes: Forbes e Reuters, via 6 Minutos