O Mercado Livre fechou, nesta semana, os resultados do primeiro trimestre de 2024 com altas em seus principais índices financeiros. Segundo a companhia, o lucro líquido no período foi de US$ 344 milhões, crescendo 71% ante 2023.
Além do bom desempenho neste ponto, a empresa também obteve US$ 4,3 bilhões em receita líquida e US$ 528 milhões no resultado operacional. Os aumentos foram, respectivamente, de 36% e 29% em relação à mesma época no ano passado. As operações com melhores atuações nos primeiros três meses do ano foram Brasil e México.
De maneira mais destrinchada, a atuação do Mercado Livre na divisão de commerce foi positiva, totalizando 53,5 milhões de compradores únicos (16% a mais que em 2023) e com manutenção de serviços estabelecidos da companhia. É o caso das entregas do fulfillment, chegando a 196 milhões e saltando 48%. Este, aliás, chegou a representar 52% dos envios do primeiro trimestre de 2024.
Além disso, a rede logística gerenciada pelo próprio Mercado Livre também contribui com a maior parte (94%) da parcela total de produtos enviados. Ao todo, 74% das entregas foram realizadas em menos de 48 horas.
Por fim, isoladamente, o commerce representou US$ 2,5 bilhões da receita líquida gerada no período. O aumento no retrospecto ano a ano é de 49%. Em número de itens vendidos, o crescimento geral foi de 25%, sendo 32% para o Brasil e 28% no México.
Para o Brasil, aliás, a companhia anunciou recentemente o aporte de R$ 23 bilhões visando expandir sua estrutura.
Mercado Pago
Em seu setor de fintech, o Mercado Livre, representado pelo Mercado Pago, contabilizou 49 milhões de usuários ativos mensalmente, crescimento de 27%.
Na carteira de crédito, a companhia fechou os três primeiros meses de 2024 com US$ 4,4 bilhões, aumento de 46% na comparação anual. Houve, segundo dados da empresa, forte desempenho do negócio de cartão de crédito no Brasil e México.
Em commerce, ainda vemos muito espaço para que mais compradores e o varejo migrem para o canal online com maior frequência.
Enquanto isso, em fintech, vemos uma demanda significativa por serviços financeiros melhores e mais simples, bem como a tendência de digitalização do dinheiro
Martin de los Santos, CFO do Mercado Livre