O Mercado Livre divulgou na quinta-feira (4) seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2021, finalizado em 30 de setembro. O lucro bruto foi de US$ 806,6 milhões, aumento de 43,4% contra 43,0% no mesmo trimestre do ano anterior. O trimestre encerrou com um lucro, antes de impostos, de US$ 126,1 milhões, crescimento de 139,5% em relação aos US$ 52,7 milhões apurados durante o terceiro trimestre de 2020. O lucro líquido foi de US$ 95,2 milhões, resultando em lucro líquido de US$ 1,92 por ação.
A receita líquida do segundo trimestre foi de US$ 1,9 bilhão, aumento ano a ano de 66,5%, em dólar, e de 72,9% em moeda constante — no Brasil, as receitas cresceram 69% em uma base cambial neutra.
Segundo o Mercado Livre, a operação no Brasil representa 57% da receita líquida total da companhia, tendo alcançado US$ 1,06 bilhão, crescimento de 74%, em dólar, e de 69% em real, ano contra ano. A receita líquida do e-commerce aumentou 69,0% em dólar, na comparação anual, atingindo US$ 1,2 bilhão. Enquanto a receita líquida da sua fintech cresceu 61,7% em dólar, ano contra ano, chegando a US$ 632,8 milhões.
Destaques gerais do Mercado Livre:
- A base de usuários únicos ativos durante o trimestre aumentou 3,4% em comparação com o mesmo período de 2020, atingindo 78,7 milhões;
- O volume de vendas (GMV) foi de US$ 7,3 bilhões, representando um crescimento ano a ano de 23,9% em dólar e de 29,7% em moeda constante — 74,1% desse valor provém de transações feitas em dispositivos móveis;
- Foram vendidos 259,8 milhões de itens, o que significa um crescimento ano a ano de 26,3% na América Latina;
- O Brasil é o destaque da região com crescimento de 28% em GMV e 138 milhões de itens vendidos no período, patamares superiores ao período pré-pandemia;
- Com Mercado Envios, 247,8 milhões de itens foram enviados, aumento de 32,1% em relação ao mesmo período do ano anterior;
- Os envios via rede gerenciada atingiram 86,4% da operação, acima dos 64,1% registrados no mesmo trimestre de 2020, sendo mais de 37% via fulfillment. No Brasil, foram inaugurados dois novos centros de distribuição, no terceiro trimestre, quando a empresa converteu ainda dois centros de distribuição existentes em centros administrados pelo Mercado Livre;
- Os envios mais rápidos também estão ocorrendo por meio da rede de cross-docking, que representa mais de 40% dos envios na região. No Brasil, a aquisição da Kangu, parceira da rede de envios do Mercado Livre na região, diferenciou ainda mais a operação no país, além de México e Colômbia, onde a Kangu também opera.
Destaques do trimestre para o Mercado Pago:
- O volume total de pagamentos (TPV) via Mercado Pago atingiu US$ 20,9 bilhões, crescimento de 43,9%, em dólar, e de 59,0% em moeda constante. Já o valor total transacionado (TPN) no período cresceu 54,7%, ano contra ano, atingindo 865,7 milhões no segundo trimestre;
- O volume total de pagamentos via Mercado Pago fora da plataforma do Mercado Livre atingiu US$ 13,4 bilhões, crescimento de 59,0% em dólar e de 78,8% em moeda constante. Já o número de transações de pagamento atingiu 697,4 milhões, crescimento de 67,3% na mesma comparação anual;
- Cobranças online e cobranças processadas por meio das maquininhas de cartão Point e dispositivos QR, que totalizaram US$ 15,4 bilhões, crescendo 45,5%, ano contra ano, em moeda constante;
- O volume de transações por meio da carteira virtual, que inclui ainda transferências entre usuários do Mercado Pago, transações de cartão de crédito, débito e pré-pago, cresceu 101,1% na América Latina, na comparação anual, totalizando US$ 5,5 bilhões em moeda constante;
- A carteira do Mercado Crédito superou os US$ 1,1 bilhão, volume quase quatro vezes maior quando comparado ao terceiro trimestre de 2020.
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