Com base em estudos da neurociência e nos avanços das estratégias digitais, empreendedores estão cada vez mais apostando em ferramentas que exploram o comportamento humano para aumentar as vendas. Técnicas de neuromarketing têm se mostrado eficazes ao conectar emoções e decisões de compra de forma precisa. Hoje, não basta apenas apresentar um produto; é essencial compreender as reações do cérebro aos estímulos e identificar quais emoções influenciam, de fato, a decisão de compra do consumidor.

Segundo um levantamento da Nielsen, 90% das decisões de compra são tomadas de forma inconsciente. Nesse contexto, gatilhos como escassez, exclusividade e prova social estão sendo aplicados de forma estratégica em páginas de vendas e campanhas publicitárias. O consumidor reage emocionalmente antes de agir racionalmente, e criar essa conexão emocional é o que faz a diferença no ambiente digital.
Tendência crescente
Essas práticas vêm sendo complementadas por uma tendência crescente entre os empreendedores digitais: o uso de nootrópicos, substâncias que prometem melhorar o foco, a memória e o desempenho cognitivo. Para os profissionais do mercado digital, essas estratégias se tornaram aliadas essenciais na rotina intensa de criação, análise de dados e gestão de campanhas. Muitos empreendedores precisam tomar decisões rápidas e lidar com grandes volumes de informações. Nesse cenário, os nootrópicos ajudam a manter a performance elevada.
Esse fenômeno ocorre em um ambiente altamente competitivo, onde até os menores ajustes no comportamento do consumidor e na produtividade do vendedor podem impactar diretamente o faturamento. A consultoria Grand View Research estima que o mercado global de suplementos para desempenho cerebral atingirá US$15 bilhões até 2030, impulsionado principalmente por profissionais dos setores digital, financeiro e tecnológico.
Boas estratégias, bons resultados
Na prática, estratégias como storytelling, chamadas visuais impactantes e testes de atenção estão sendo implementadas em funis de venda digitais. Esses elementos conduzem o usuário por uma jornada de compra envolvente, ampliando as chances de conversão. Thiago Finch, especialista em marketing digital e fundador da Holding Bilhon, afirma: “Quem entende como funciona o comportamento humano e consegue operar com alta performance está à frente. O mercado digital não é apenas sobre ferramentas, mas também sobre pessoas – e isso começa pelo cérebro delas.”
O uso de dados também se destaca como uma parte fundamental desse processo. A personalização das mensagens com base no comportamento prévio, como cliques e tempo de navegação, permite que as campanhas se ajustem em tempo real às preferências de cada consumidor. A combinação entre neurociência e automação, segundo Finch, cria um ecossistema mais inteligente e eficaz.
Em 2025, o grande diferencial não será mais quem grita mais alto, mas quem entende melhor. E isso exige o estudo tanto dos números quanto do cérebro humano.
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